‘Alguém que pratica assédio não vai continuar no governo’, declara Lula

Presidente afirmou achar ‘não ser possível’ permanência de Silvio Almeida no cargo, apesar de defender ‘apuração correta’

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (6) ‘não ser possível’ a permanência do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, no cargo depois das acusações de supostos assédios praticados pelo ministro. “Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, garantiu o petista, ao destacar que é preciso conceder direito de defesa a Almeida e defender “apuração correta”. “Mas acho que não é possível a continuidade no governo”, ponderou.

Lula também declarou que vai discutir a situação do ministro com titulares de outras pastas federais — Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da União) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). O presidente também vai consultar duas ministras a respeito do cenário. O petista não disse quais são essas mulheres.

“Então o que vai acontecer: fiquei sabendo disso ontem e pedi aos ministros da AGU, CGU e da Justiça que conversassem com as pessoas até eu chegar [em Brasília] hoje às 14h30. O que posso antecipar, alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso, é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, tem o direito de se defender. Nós vamos colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Ética da Presidência da República para investigar”, acrescentou Lula, em entrevista a rádios goianas.