Custo da cesta básica de agosto na capital recua 3,78%, revela Dieese

Variação em Porto Alegre foi de 0,43% no período

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O custo da cesta básica se reduziu em 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em agosto deste ano, na comparação mensal, pelo segundo mês consecutivo. O levantamento é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As principais quedas foram registradas em Fortaleza (-6,94%), João Pessoa (-4,10%), Goiânia (-4,04%), Porto Alegre (-3,78%), Florianópolis e Natal (-3,38%) e Salvador (-3,28%).

No ano, a capital gaúcha apresenta um recuo acumulado de 3,35% e de 2,60% em 12 meses.  O valor mensal dos produtos da cesta indicados pelo Dieese para Porto Alegre chega a R$ 740,82, o quarto mais alto entre as capitais e consumindo 56,72% do salário mínimo do trabalhador.

Na comparação com agosto de 2023, no país, houve aumento no valor do conjunto dos alimentos básicos em nove cidades, sendo as maiores altas em São Paulo (5,06%), Goiânia (4,11%), Belém (3,88%) e Vitória (3,53%). Por outro lado, dentre as oito localidades com registro de queda, as mais significativas ocorreram em Recife (-8,20%) e Aracaju (-4,84%).

ACUMULADO DO ANO

Já nos oito primeiros meses deste ano, a maior variação também ocorreu em São Paulo, em que a alta foi de 3,33%, seguido da capital paraense, Belém (3,02%). Na mesma base de comparação, os recuos no custo da cesta básica ocorreram em 11 capitais, com variação entre -3,66%, em Brasília, e -0,02%, em Curitiba e Salvador.

No que diz respeito ao preço da cesta básica, a capital paulista foi a cidade com maior valor registrado (R$ 786,35). Em seguida estão Florianópolis (R$ 756,31), Rio de Janeiro (R$ 745,64) e Porto Alegre (R$ 740,82). O Norte e Nordeste do País, onde há uma composição diferente da cesta, apresentaram os menores valores médios em Aracaju (R$ 516,40), Recife (R$ 533,12) e João Pessoa (R$ 548,90).

SALÁRIO MÍNIMO

A partir do registro da cesta básica na cidade de São Paulo – a mais custosa em agosto de 2024 -, a Dieese calculou que, no mês, para o salário mínimo suprir as necessidades do trabalhador estabelecidas na Constituição, o valor deveria ser de R$ 6.606,13 ou 4,68 vezes o piso mínimo de R$ 1.412,00. Em relação ao salário mínimo líquido, descontado de 7,5% da Previdência Social, o instituto observou que, no mesmo período, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média 50,13% do rendimento para obter o conjunto básico dos alimentos.

(*) com Correio do Povo