As vendas de veículos novos no mercado brasileiro tiveram crescimento de 14,3% no mês passado, frente a agosto de 2023, atingindo 237,4 mil unidades emplacadas, incluindo carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Os dados foram divlgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), ao apontar que na comparação com julho, melhor resultado mensal do ano, as vendas caíram 1,6%.
Segundo dados, o mês de agosto registrou 422.869 veículos emplacados, superando o resultado de julho, que era o melhor mês do ano até o momento. Mesmo com um dia útil a menos (22 dias em agosto contra 23 em julho), os emplacamentos avançaram 0,74% em relação ao mês anterior, considerando todos os segmentos automotivos.
“A média diária de emplacamentos de veículos cresceu em agosto e, no acumulado do ano, já superamos os 3 milhões de veículos zero km, comercializados no mercado interno, num resultado 15,7% acima do registrado no mesmo período de 2023, considerando todos os segmentos do setor automotivo, à exceção de máquinas agrícolas, mostrando crescimento real com relação ao ano passado”, afirma Andreta Jr., presidente da FENABRAVE.
FATORES
Segundo ele, alguns fatores ainda podem movimentar o setor, como as taxas de juros, que se aumentarem podem impactar nos financiamentos de veículos como automóveis e comerciais leves, por exemplo; a definição das eleições municipais que, em sua avaliação, destravariam as compras de ônibus, por meio de programas como o “Caminho da Escola”, hoje com pedidos bloqueados até o fim do período eleitoral; além da melhora dos preços das commodities, que têm impactado no comportamento das vendas de caminhões, implementos rodoviários e máquinas agrícolas.
“São fatores que podem influenciar, positiva ou negativamente em nosso setor. De qualquer forma, estamos caminhando para fechar o ano como previu a FENABRAVE, e a depender dos fatores mencionados, podemos até superar os 16,7% esperados para o desempenho do setor como um todo. Contudo, e, que pese tenhamos números positivos, ainda estaremos abaixo dos melhores anos que já tivemos no passado”, analisa Andreta Jr.
Em sua opinião, há a necessidade da criação de um Programa complementar ao MOVER, que seja permanente e que leve à descarbonização e renovação da frota circulante brasileira, hoje envelhecida e estimada em cerca de 19 anos, em média, considerando apenas automóveis.