No sétimo relatório de 2024 do Índice Multiplike de Devedores (IMD), o indicador de inadimplência se manteve ligeiramente estável após atingir o menor percentual desde julho de 2022, ficando com uma inadimplência de 10,81% comparado com 10,27%, em junho. O Índice oferece também uma visão abrangente da inadimplência em curto, médio e longo prazo. A faixa que apresentou um aumento expressivo foi nos vencidos de 91 a 180 dias com um percentual de 13,26% de vencidos ante 11,72%. As demais faixas somam o total de 86,74%.
Em julho, o total de patrimônio líquido (PL) dos fundos analisados (FIDCs) atingiu R$ 51,7 bilhões, dos quais, R$ 49,3 bilhões, referem-se a direitos creditórios, quase 100% do montante. Desse total, R$ 5,3 bilhões não foram quitados na data original de liquidação. O estudo realizado em julho incluiu uma amostragem de 361 FIDCs.
Com base nos dados atuais do IMD, que examina o cenário Multicedente/Multissacado, Volnei Eyng, CEO da Multiplike, destaca uma melhora geral na inadimplência das empresas. Ele observa que, durante 2024, houve apenas um aumento pontual em abril devido aos vencidos do prazo Safra. “Por exemplo, se olharmos para junho de 2023, nós tivemos uma inadimplência de 13,78%, enquanto que, agora em 2024, o IMD bateu 10,27%. Essa melhora do índice de devedores é resultado principalmente de um mercado mais maduro, no qual tem gerado crédito de maior qualidade”, explica Eyng.
A Multiplike apresenta uma inadimplência sobre sua carteira de direitos creditórios muito abaixo da média de mercado, com um percentual de apenas 2% de vencidos. Destes, 99,5% são títulos vencidos há menos de 30 dias.