O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas caiu 2,5 pontos em agosto, para 107,8 pontos, voltando a ficar, depois de três meses, abaixo dos 110 pontos, região avaliada como de incerteza moderada. Na métrica de médias móveis trimestrais o indicador recuou 1,7 ponto, para 109,6 pontos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
“Com o resultado de agosto, o IIE-Br registra a terceira queda seguida, retornando ao patamar mais confortável de incerteza, abaixo dos 110 pontos. O componente de Mídia foi o responsável pela queda no mês, motivado pela redução das incertezas fiscais e a continuidade de resultados favoráveis da atividade econômica. Em sentido oposto, o componente de Expectativas acumula a quarta alta consecutiva, com aumento da dispersão nos cenários futuros dos especialistas para a taxa de juros Selic e o câmbio”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
O componente de Mídia do IIE-Br recua 3,7 pontos em agosto, para 106,1 pontos, menor nível desde março deste ano (105,6 pts.), contribuindo negativamente com 3,2 pontos para a queda do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu pela quarta vez seguida, agora em 3,5 pontos e acumula alta superior a 20 pontos desde maio deste ano. O indicador registra, em agosto, 111,4 pontos, maior nível desde junho do ano passado (116,8 pontos); sua alta contribui positivamente com 0,7 ponto para o resultado do IIE-Br no mês.