As negociações salariais fechadas em julho apresentaram um reajuste médio de 5%, um percentual que supera os 3,7% verificados no acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no período e reduzindo o ganho real para 1,3%. Com o resultado, 87,4% dos reajustes ficaram acima do indicador, mas com o menor reajuste real mediano dos últimos três meses.
As informações constam do Boletim Salariômetro elaborado pela Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, divulgado nesta quinta-feira, 28. O piso salarial mediano de julho chegou a R$1.568, 11,0% maior que o Salário Mínimo de R$ 1.412.
Já a prévia de agosto oferece uma novidade: o reajuste mediano (5,5%) está maior que o reajuste médio (5,2%). Quando a média é menor que a mediana, há mais reajustes abaixo do INPC. Os resultados definitivos de agosto podem indicar uma reversão nos reajustes reais. Por enquanto, a proporção de reajustes acima do INPC é 84,1%, a menor dos últimos 5 meses com um piso mediano de agosto chegando a R$1.470, 4,1% acima do Salário Mínimo.
A Região Sul apresentou um aumento médio de 1,3% frente aos 2,767 acordos analisados, enquanto o percentual registrado no Rio Grande do Sul chegou a 1,2%. No geral, o segmento de construção civil foi o que apresentou o maior reajuste percentual mediano, de 1,7%, seguido de serviços (1,3%), agropecuária e indústria 1,2%), enquanto comércio ficou com 1,0%.