Dados sobre mercado de trabalho indicam recuperação, mas impactam a inflação

acumulado no ano tem um saldo de 1.492.214 postos de trabalho com carteira assinada

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O mercado formal brasileiro apresentou em julho um saldo de 188.021 postos de trabalho, variação relativa de 0,40%, acumulando no ano um saldo de 1.492.214 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, agosto de 2023 a julho de 2024, foram gerados no país um total de 1.776.677 empregos, resultado 13% maior que o saldo observado no período de agosto de 2022 a julho de 2023, quando foram gerados 1.572.564 postos de trabalho. Com isso, o estoque recuperado para o CAGED em julho é de 47.009.489 postos de trabalho formais, variação relativa de 0,40%.

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que o emprego em julho foi positivo em todos os estados, com exceção do Espírito Santo, e nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas. O Rio Grande do Sul registrou saldo positivo no mês de julho com 6.690 novos postos de trabalho formais.

Após a enchente de maio, esse é o primeiro mês que o estado apresenta estsa condição, com 129.392 contratações e 122.702 desligamentos no mês. Em 2024, o mercado gaúcho criou 45.329 mil vagas de trabalho com carteira assinada. O setor de serviços liderou o ranking de saldos positivos com 2.249 postos de trabalho com carteira assinada, seguido pelo de construção, com 2.090, comércio, com 1.344, e indústria, com 1.163. O único segmento com resultado negativo foi agropecuária, com saldo negativo de 156 vagas.

“A atividade continua forte, e com o mercado de trabalho mantendo sua trajetória de crescimento, o consumo deve permanecer em níveis elevados. As preocupações pelo lado inflacionário permanecem as mesmas, que esse acréscimo de consumo se materialize em maior pressão sobre os preços, especialmente os de serviços. Nota-se a economia operando no limite de sua capacidade produtiva, e sem espaço ocioso para sustentar esse crescimento sem pressões inflacionárias.”, diz José Alfaix, economista da Rio Bravo.