Arroz fica mais caro e feijão está mais barato, aponta pesquisa

Dados também apontam que valor do azeite, tipo extravirgem, subiu 56,7% nos últimos 12 meses

Foto: Catálogo iStock

Clássico da culinária brasileira e queridinho nacional, o arroz e o feijão não têm combinado quando o assunto é o preço de cada produto. Nova pesquisa da Horus, solução da Neogrid, aponta que o valor médio do quilo de arroz branco subiu 8% em julho quando comparado a janeiro deste ano. Em contrapartida, o valor do feijão-preto registrou queda de 9,6% no mesmo período.

O levantamento também mostra uma redução de preço em outros tipos de feijão, como o feijão-carioca, que caiu 6%. Segundo análise da Horus/Neogrid, a queda está associada ao avanço nas colheitas e à boa produtividade ao longo de 2024. “Como o ciclo de cultivo do feijão é relativamente curto, a oferta pelos agricultores aumenta ao longo do ano, contribuindo para a diminuição dos preços”, explica Anna Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid.

No caso do arroz, além do branco, o tipo parboilizado apresentou um aumento de 7,1% ante janeiro de 2024. No último ano, os aumentos foram ainda mais significativos: o arroz branco subiu 40,7% e o parboilizado 38,5%. “A oferta interna do país diminuiu devido aos impactos das chuvas no segundo trimestre. No entanto, a demanda por exportações se manteve, o que reduziu a oferta disponível para o mercado nacional e resultou no aumento dos preços para os consumidores brasileiros”, contextualiza Fercher.

AZEITE

Outro produto impactado pela baixa disponibilidade tanto no mercado internacional quanto no doméstico foi o azeite dos tipos extravirgem e virgem. Em julho, o preço médio por unidade de 500 ml do tipo extravirgem estava 16,2% mais alto em relação ao início do ano. Já o tipo virgem assinalou um incremento de 19,8% para a mesma embalagem em igual período.

Analisando o histórico dos últimos 12 meses, os dados obtidos pela pesquisa revelam um aumento de 56,7% para o azeite extravirgem e de 53,3% para o tipo virgem. “A tendência é de que os preços continuem subindo até a próxima safra, em 2025”, prevê Fercher.