O grupo de investidores em imóveis no mercado brasileiro que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses registrou a terceira alta consecutiva e representam 13% dos negócios do 2º trimestre de 2024. É o que revela Pesquisa Raio-X FipeZAP do 2º trimestre de 2024 com dados inéditos a respeito da evolução recente percepção e do comportamento de 646 agentes do mercado imobiliário e realizada entre os dias 10 de julho e 05 de agosto de 2024.
Em relação ao tipo do imóvel adquirido, a preferência por imóveis usados também cresceu na última leitura trimestral (para 72%), assim como a parcela dos compradores que classificaram a aquisição como “investimento”, que atingiu o maior percentual já registrado no histórico Pesquisa Raio-X FipeZAP (49%). Com respeito à motivação, a preferência por alugar o imóvel recém adquirido para obtenção de renda foi majoritária entre os investidores (63%), enquanto o propósito de “morar com alguém” se destacou entre objetivos compartilhados pelos demais respondentes (77%).
No 2º trimestre de 2024, a proporção de compradores potenciais – isto é, de respondentes que declararam intenção de adquirir um imóvel nos próximos três meses – recuou de 40% para 35%, patamar inferior à média histórica da Pesquisa Raio-X FipeZAP (38%). Em termos de preferência, os integrantes desse grupo se distribuíram aqueles com preferência por usados (46%), indiferentes entre imóveis novos ou usados (45%) e que buscavam exclusivamente imóveis novos (9%). Com respeito aos objetivos da compra, a intenção de destinar o imóvel para “investimento”, embora ainda minoritária, avançou pelo segundo trimestre consecutivo (para 14%).
IMÓVEL PARA INVESTIMENTO
A participação de transações classificadas como investimento têm oscilado em torno da média histórica da pesquisa (43%). Considerando as transações efetivas nos últimos 12 meses, o percentual identificado foi de 73%. E, após recuar para patamar próximo ao piso da série histórica em março de 2023 (56%), o percentual de transações efetivadas com desconto voltou a apresentar tendência de crescimento, convergindo em junho para média da Pesquisa Raio-X FipeZAP (63%). Em paralelo, também houve um aumento no percentual de desconto médio negociado entre compradores e vendedores, que passou de 5% em março do ano passado para 7% em junho último, considerando todas as transações realizadas (com e sem desconto); e de 9% para 12%, considerando exclusivamente aquelas transações que apresentaram algum desconto no valor originalmente anunciado.
Com relação à percepção dos respondentes em relação aos preços atuais, a parcela de respondentes que classificavam os valores dos imóveis como “altos ou muito altos” oscilou de 72%, na amostra do 2º trimestre de 2023, para 74%, no 2º trimestre de 2024. Paralelamente, o percentual de respondentes que avaliavam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” variou marginalmente de 18% para 19%, ao passo que percepção de que os preços atuais se encontravam em níveis “baixos ou muito baixos” recuou em um ponto percentual (de 4% para 3%). Os respondentes que não souberam opinar representaram 4% da amostra do último trimestre.
Em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, a última leitura da pesquisa revela que o percentual de respondentes que projetavam aumento nominal no valor dos imóveis subiu de 32%, no 2º trimestre de 2023, para 46%, no 2º trimestre de 2024. Comparativamente, a participação de respondentes que partilham de uma expectativa de manutenção dos preços atuais permaneceu inalterada (em 24%), enquanto o grupo de respondentes que apostavam na queda perdeu espaço, passando de 14% para 9% da amostra.
Em termos de variação, a alta projetada por compradores que adquiriram um imóvel recentemente (+6,7%) superou as expectativas formuladas tanto por proprietários que adquiriram seu imóvel há mais tempo (+4,6%) quanto por compradores potenciais (+0,7%). Como resultado, a expectativa média agregada dos respondentes da Pesquisa Raio-X do 2º trimestre de 2024 foi revisada para uma alta nominal de 3,3% nos próximos 12 meses.