Micro e Pequenas Empresas lideram ranking de pedidos de recuperação judicial em julho

Entre todos os portes de empresas, aumento aumento foi de 123,5% sobre mesmo mês de 2023

Foto: Marcos Santos / USP Imagens / CP

O Brasil registrou em julho de 2024 o total de 228 pedidos de recuperações judiciais, representando um crescimento de 28,8% nas requisições em comparação ao mês anterior. Em relação ao mesmo mês em 2023, o aumento foi de 123,5%. Este é o maior número de 2024 e o mais alto registrado desde início em 2005. Os dados são do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian.

O aumento dessas solicitações reflete diretamente os desafios enfrentados pelas empresas, destacando um movimento crescente em direção aos mecanismos legais de reorganização financeira em um cenário econômico incerto. Além disso, a persistência de altos índices de inadimplência — com 6,9 milhões de CNPJs registrando débitos em junho — indica que, a menos que essa tendência seja revertida, os pedidos de recuperação judicial tendem a aumentar ainda mais”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Ainda segundo o levantamento as “Micro e Pequenas” empresas puxaram a alta das recuperações judiciais (166), seguido das “Médias” (43) e “Grandes” companhias (19). Na visão por setores, “Serviços” foi responsável pelo maior volume das requisições, com “Comércio” em segundo lugar e, em sequência, os setores “Primário” e “Indústria”. 

Pedidos de Recuperação Judicial

Por Porte – Julho de 2024

Setores

Jul/23

Jun/24

Jul/24

Micro e Pequena Empresa

62

123

166

Média Empresa

30

39

43

Grande Empresa

10

15

19

Fonte: Serasa Experian  

Pedidos de Recuperação Judicial

Por Setor – Julho de 2024

Setores

Jul/23

Jun/24

Jul/24

Comércio

38

42

52

Indústria

22

35

41

Serviços

41

79

94

Primário

1

21

41

Fonte: Serasa Experian  

Em julho, foram registradas 96 solicitações de falências, o que representa um aumento de 12,9% em comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 15,8%. Na visão por porte, foi o de “Micro e Pequena Empresa” que teve a maior marcação (58), seguida por “Média Empresa” (23) e “Grande Empresa” (15). No recorte por setores, o “Primário” não marcou solicitações, já “Serviço” apontou 38, “Indústria” 30 e Comércio” 28.