Após a polêmica que envolvia a responsabilidade sobre a retirada da água do túnel de acesso ao Cais Mauá, localizado junto à Estação Mercado da Trensurb, o espaço pôde voltar a ser utilizado pelos usuários. Recentemente, a situação havia sido tema de divergência entre todas as partes interessadas no local, que ficou alagado por mais de três meses.
Sem a retirada da água, após serem retomados dos serviços do Catamarã, era necessário fazer o contorno pelo Muro da Mauá para poder acessar transporte hidroviário. Agora, sem a água acumulada, o acesso foi normalizado.
Conforme a CatSul, empresa responsável pelo Catamarã, o túnel está liberado desde o final da semana passada. Como o acesso continuava recebendo água da Estação Mercado, uma bomba foi colocada, temporariamente, para evitar que o alagamento perdure. Segundo a empresa, enquanto as bombas da Trensurb não forem religadas, a água permanecerá escoando para o túnel.
Situação foi alvo de polêmica
A liberação do túnel, que agora se apresenta como um problema parcialmente resolvido, gerou polêmica há cerca de 15 dias, quando CatSul, Trensurb, Portos RS e Prefeitura negavam a responsabilidade sobre o acesso.
Na ocasião, a CatSul, responsável pelo transporte hidroviário, informou que a situação só seria normalizada depois que a Trensurb concluísse o esgotamento da água na Estação Mercado e reativasse as bombas elétricas, essenciais para evitar que a água da estação escoe para o túnel.
Além disso, a CatSul afirmou que a manutenção tem sido feita através de uma parceria da empresa com a União e Cisne Branco para que as pessoas utilizem uma passagem limpa e cuidada, mas ressaltou que “faz por respeito ao cidadão e não por obrigação”. Já a Portos RS, responsável pela concessão do Cais Mauá, informou que a responsabilidade sobre túnel é da empresa de trens.
A Trensurb, por sua vez, emitiu um comunicado em que afirmou que túnel, ao longo da história, serviu para acesso ao Cais do Porto, “sem que houvesse qualquer relação com as atividades desenvolvidas pela Trensurb”. A empresa disse que, com a implantação do transporte hidroviário, essa realidade se alterou, pois o acesso passou a ser fundamental para os usuários do catamarã.
Procuradas, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) também afirmaram não ter responsabilidade sobre o túnel ou sobre a remoção da água que o inunda, com o entendimento de que a Prefeitura não possui atribuição sobre o local.
