A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,6% da população ocupada, ficando as maiores taxas com com Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%). É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas, “as regiões Norte e Nordeste possuem taxas de informalidade maiores que a média nacional. Isso decorre da maior presença de trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e, mesmo entre os empregados, de uma menor cobertura da carteira assinada”. A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.
MAIOR RENDIMENTO NO SUL
No segundo trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior, o rendimento médio real da população ocupada cresceu nas regiões Sul (R$ 3.528) e Nordeste (R$ 2.238), com estabilidade nas demais. Já em relação ao mesmo trimestre de 2023, o rendimento médio cresceu no Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627), com estabilidade no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641).
Estimada em R$ 322,6 bilhões, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos do país cresceu nas duas comparações: frente ao trimestre anterior (R$ 311,8 bilhões) e também ao 2º trimestre de 2023 (R$ 295,4 bilhões). Frente ao 1º trimestre de 2024, a massa de rendimento cresceu em todas as grandes regiões, exceto no Centro-Oeste, que apresentou estabilidade. Entre as cinco grandes regiões do país, o Sudeste tinha a maior massa de rendimento real (R$ 165,0 bilhões) no 2º trimestre de 2024.
A taxa de desocupação por sexo foi de 5,6% para os homens e 8,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,5%) foi maior que as dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,1%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).