O ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, cuja pasta completou 90 dias nesta quinta-feira, disse que trata com naturalidade as críticas em relação à atuação do governo federal, de que os auxílios efetivados até aqui são insuficientes.
“Trato com naturalidade. Há um forte componente político presente, ampliado pelas eleições municipais. Alguns setores querem politizar, explorar. Nunca fiz críticas a prefeitos, ao governo do Estado e a setores. Trabalho diariamente para concretizar ações e ajudar. Topo o debate sobre o concreto. O tamanho do apoio da União ao Rio Grande do Sul é inédito. Ser comentarista das atuações das diferentes instâncias é papel da imprensa”, disse Pimenta, em entrevista ao programa ‘Esfera Pública’, da Rádio Guaíba.
Em relação aos movimentos e críticas do agronegócio, com o qual o presidente Lula tem relação histórica delicada, Pimenta avaliou que “uma parte do setor tem uma barreira ideológica e a usa para potencializar as críticas”.
Ao comentar o tom cada vez mais alto das cobranças realizadas por Eduardo Leite em relação à atuação da União, Pimenta disse que o governador não pode se portar como demandante.
“Ele é uma parte estratégica no cenário. Que use suas longas entrevistas para mostrar o que fez. Vou aplaudir. A União tem o papel de apoio e a mobilização é sem precedentes. Também deveria ser explicado à população que parte dos anúncios do governo federal, para se concretizar, depende que o governador e os prefeitos cumpram seus papéis, fazendo as suas partes no processo. Vamos continuar fazendo a nossa pelo tempo que for preciso”, afirmou o ministro. O petista cumpre nesta sexta-feira agendas no Estado.