Negócios no varejo tem desempenho negativo em 20 unidades da federação, aponta IBGE

Varejo ampliado tem alta no desempenho do primeiro semestre do ano

Crédito: Freepik

As vendas no comércio varejista brasileiro, quando se compara os resultados de junho e maio de 2024, registraram desempenho negativo em 20 unidades da federação com destaque para Amapá (-8,7%), Bahia (-2,8%) e Tocantins (-2,7%). Dentre as sete UFs com taxas positivas, Paraíba (2,4%), Rio Grande do Sul (1,8%) e Rondônia (1,0%) se destacaram. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No comércio varejista ampliado, houve resultados positivos em 15 das 27 unidades da federação, valendo mencionar Rio Grande do Sul (13,8%), Mato Grosso do Sul (4,8%) e Paraíba (4,5%). Amapá (-9,4%), Tocantins (-4,1%) e Acre (-2,7%), porém, chamaram atenção pelo lado negativo. Já Sergipe (0,0%) apresentou estabilidade.

PRIMEIRO SEMESTRE

Comparado ao primeiro semestre de 2023, nos primeiros seis meses de 2024 as vendas no varejo subiram 5,2%. Trata-se da quinta taxa positiva em sequência, após o resultado de -3,0% no segundo semestre de 2021. Cinco atividades tiveram alta nas vendas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,0%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,7%); Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,0%); Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (3,0%); e Móveis e eletrodomésticos (2,5%).

No lado das quedas, ficaram Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), Combustíveis e lubrificantes (-1,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6%). Cristiano Santos, gerente da pesquisa, lembra que “a queda das vendas no varejo em junho não foi suficiente para causar grandes perdas, pois ocorre depois da forte expansão do comércio varejista nos cinco primeiros meses deste ano. O resultado do primeiro semestre de 2024 é muito superior ao fechamento de 2023, sendo apoiado por duas atividades comerciais muito sólidas, com crescimento quase contínuo: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria”.

Já o varejo ampliado apresentou crescimento pelo terceiro período consecutivo: -1,4% no 2º semestre de 2022; 2,2% no 1º semestre de 2023; 2,6% no 2º semestre de 2023; e 4,3% no 1º semestre de 2024. Dentre os grupos, Veículos e motos, partes e peças (12,2%) e Material de construção (2,0%) fecharam o primeiro semestre de 2024 em alta, enquanto Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo teve queda (-6,5%).