O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio Gaúcho (ICEC-RS) da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) registrou a marca de 89,8 pontos. Em relação ao mês anterior houve uma queda de 3,9% e na comparação com o mesmo período do ano anterior de 15,7%. Os dados, divulgados pela Fecomércio-RS nesta quarta-feira, 14, foram coletados no município de Porto Alegre nos últimos 10 dias de junho.
A variação marginal negativa no ICEC-RS foi a terceira consecutiva, mas foi menos intensa que a da edição do mês anterior. O Índice de Condição Atual (ICAEC) registrou 53,9 pontos, caindo 4,0% na margem e 14,3% na comparação interanual. Dentre os entrevistados, na comparação com o ano anterior, entre os entrevistados, 75,6% relataram piora das condições atuais da economia, 66,2% apontaram piora nas condições atuais do setor e 58,9% perceberam piora nas condições atuais da empresa.
“De maneira geral, a maioria dos empresários enxerga uma condição atual em todas as frentes (economia, setor e empresa) pior do que tinha há um ano. No caso gaúcho, isso foi fortemente influenciado pelas enchentes. Causaria até estranheza se, diante da magnitude dos estragos provocados pela catástrofe natural, não houvesse redução da confiança. O importante é que nos próximos meses se crie condições para a reversão desse quadro”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
EXPECTATIVAS
O índice de expectativas dos empresários do comércio (IEEC) registrou 114,3 pontos, havendo recuo de 1,3% na margem, a terceira consecutiva, e de 15,5% na comparação interanual. Os subindicadores de expectativas para a economia brasileira e do setor apresentaram queda, enquanto a avaliação das expectativas para as empresas apresentou melhora de 0,9% na margem. De acordo com os entrevistados, 53,3% esperam alguma melhora da economia nos próximos meses, 64,7% têm essa perspectiva para o setor e 73,2%, para as empresas.
O IIEC (Índice de Investimentos dos Empresários do Comércio) apresentou 86,7 pontos, com queda de 7,0% na comparação com o mês imediatamente anterior e de 17,1%. Assim, o índice atingiu a marca de 86,7 pontos. Dentre os aspectos avaliados pelo índice, o indicador de contratação de funcionários (90,8 pontos) recuou 6,4% na margem. Já o de Investimentos (82,9 pontos) teve queda de 7,2%. A avaliação da situação dos estoques (86,5 pontos) caiu -7,3% na margem. Dentre os entrevistados, 48,7% citaram uma situação de estoques adequada. Já para 32% dos respondentes os estoques estão acima do nível adequado, enquanto para 18,2% está abaixo.