Setor de serviços tem queda de 14,5% em junho no RS

No semestre, desempenho gaúcho é de queda de -4,9%

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Na passagem de maio para junho de 2024, 21 das 27 unidades da Federação tiveram crescimento no volume de serviços.  Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelando que a queda no Rio Grande do Sul chegou a 14,5% no período. O impacto positivo mais importante foi de São Paulo (2,6%), seguido por Paraná (3,0%), Rio de Janeiro (1,4%), Minas Gerais (1,9%) e Santa Catarina (2,4%).

O mercado gaúcho teve a principal influência negativa do mês, impactado pelas enchentes que assolaram o estado em maio. “Cabe destacar que os pedágios das rodovias tiveram alta expressiva em junho (358,36%), uma vez que, em maio, as concessionárias haviam interrompido as cobranças de tarifas visando facilitar o deslocamento de veículos que transportavam donativos ou que estivessem envolvidos em operações de resgate de vítimas das enchentes no estado. Com isso, o impacto das enchentes no estado, em termos de volume de serviços, acabou aparecendo somente neste mês”, descreve Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

No acumulado do primeiro semestre de 2024 frente a igual período de 2023, também 21 das 27 UFs tiveram alta na receita real de serviços, com o principal impacto positivo vindo de São Paulo (1,1%), seguido por Rio de Janeiro (3,8%), Minas Gerais (4,3%), Paraná (4,0%) e Santa Catarina (5,2%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-4,9%) e Mato Grosso (-6,4%) registraram as influências negativas mais relevantes.

PRIMEIRO SEMESTRE

A PMS também divulgou o acumulado do primeiro semestre de 2024, ou seja, de janeiro a junho, na comparação com o mesmo período de 2023. Neste indicador, o setor de serviços teve alta de 1,6%, com quatro das cinco atividades com taxas positivas, além de crescimento em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados na pesquisa.

A contribuição positiva mais importante entre os setores foi do ramo de informação e comunicação (5,6%). Os demais avanços vieram dos profissionais, administrativos e complementares (2,1%); dos prestados às famílias (4,6%); e dos outros serviços (3,8%). A única taxa negativa entre as atividades no acumulado do primeiro semestre de 2024 foi de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,5%).