A indústria brasileira produziu em julho 246,7 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. O resultado representa um crescimento de 16,9% sobre junho, enquanto as vendas tiveram avanço de 12,6%, a 241,3 mil unidades. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). Com isso, a produção acumulada do ano foi a 1.385 mil unidades, superando em 5,3% os primeiros sete meses de 2023. O impulso principal veio de um período de aquecimento do mercado interno que já se prolonga desde abril, e que teve em julho o melhor mês do ano, com 242 mil autoveículos emplacados.
“Foi um volume tão relevante que superou até o mês de julho do ano passado, que havia sido fortemente impulsionado pela MP 1.175 do governo federal, aquela que oferecia descontos para a compra de carros zeroquilômetro”, comemorou o presidente Márcio de Lima Leite. A média diária de vendas de 10,5 mil unidades foi bem próxima à de 10,7 mil em junho, mas os três dias úteis a mais fizeram com que o volume total de emplacamentos fosse 12,6% superior ao mês anterior e 7% maior do que julho de 2023.
Foi um mês em que todos os segmentos e modalidades de vendas melhoraram, mas em especial o varejo subiu mais que as vendas diretas, as compras financiadas aumentaram e os modelos nacionais cresceram mais que os importados. Destaque especial para a elevação de 43,3% nos emplacamentos de ônibus, segmento que vinha tendo uma produção muito elevada, mas sem o mesmo efeito nas vendas.
“Agora os estoques começam a escoar por conta de programas como o Caminho da Escola e renovações de frotas em ano de eleições municipais, projetando um segundo semestre muito positivo para o transporte público no país”, afirmou Leite. Neste momento de recuperação da produção, os indicadores que demandam maior atenção é o das importações e o das exportações. O primeiro continua apresentando a mesma participação elevada de 17% nas vendas totais.
Já as exportações chegaram a um total de 204,4 mil unidades, 21,7% abaixo dos sete primeiros meses do ano passado. Isso apesar de julho ter representado o melhor mês do ano, com 39,1 mil unidades embarcadas, 35% a mais que em junho. Esse bom volume no mês foi influenciado pela concentração de embarques e pela entrega de veículos que aguardavam autopeças produzidas no Rio Grande do Sul.