O setor de saúde deve movimentar no país até o final deste ano cerca de R$ 451 bilhões, o que representa um acréscimo de 8,8% em comparação a 2023. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há 30 anos, com base em dados oficiais. No Rio Grande do Sul este valor chegará ao final do ano em R$ 30,6 bilhões, o quarto estado no ranking e um crescimento de 8,2% sobre 2023.
Nos cálculos são levadas em conta despesas com medicamentos e itens para curativos, bem e serviços relativos a planos de saúde e tratamentos médico e dentário. De acordo com o levantamento, os brasileiros devem desembolsar R$ 236,4 bilhões só com planos de saúde e tratamentos médico dentário, e R$ 214,5 bilhões com medicamentos em 2024.
Na liderança do ranking nacional, o estado de São Paulo responderá por quase R$ 138 bilhões dos gastos, porém é o Piauí que, na comparação de 2023 para 2024, contabilizará a maior alta — de 16,8% — nas despesas com saúde, resultando em mais de R$ 3,5 bilhões desembolsados pelas famílias. Na sequência aparecem os estados de Santa Catarina (15,3%), Paraíba (15,2%) e Mato Grosso (15,1%).
Para Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, essa ampla movimentação no setor pode ser explicada pelo aumento da população idosa, que “acaba impondo maior demanda por medicamentos e cuidados médicos”. Também em crescimento, embora mais lento, está a quantidade de farmácias no Brasil. Do ano passado para cá, cerca de 4.227 unidades (3,5%) foram abertas, totalizando hoje 123.565 estabelecimentos.