Indicador de aluguéis tem queda de 0,18% em julho, diz FGV

Porto Alegre, ao contrário, segue em aceleração, com o índice saindo de 0,77% para 0,88%.

Locatários enfrentam alta de preços principalmente em bairros menos afetados pelas cheias | Foto: Freepik

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) de julho de 2024 apresentou uma queda de 0,18%, marcando uma desaceleração em comparação com a taxa de 0,61% registrada em junho. Esse resultado contribuiu para reduzir a variação acumulada em 12 meses para 9,90% em julho de 2024, representando uma diminuição de 0,76 ponto percentual em relação aos 10,66% reportados no mês anterior, junho de 2024. Porto Alegre segue em aceleração, com o índice saindo de 0,77% para 0,88%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

Entre junho e julho de 2024, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) apresentou mudanças expressivas nas principais capitais brasileiras. Em São Paulo, houve uma notável queda, com o índice passando de 3,55% em junho para -1,11% em julho. Em contraste, o Rio de Janeiro reverteu a queda registrada em junho e volta a acelerar, com o índice saindo de -5,01% em junho para 1,23% em julho. Belo Horizonte ainda continua registrando queda, com o IVAR passando de -2,76% para -0,71% no mesmo período.

A taxa interanual do aluguel residencial apresentou aceleração em duas das quatro cidades analisadas. Em Porto Alegre, a taxa subiu de 12,50% para 12,85%, refletindo o ritmo mais intenso de aumento dos aluguéis entre as cidades componentes do IVAR. No Rio de Janeiro, a variação anual avançou de 9,97% para 10,21%, indicando uma retomada no crescimento dos preços de aluguéis residenciais nessa região. Em contraste, Belo Horizonte registrou desaceleração significativa na taxa interanual, onde a taxa acumulada passou de 14,71% para 11,08%. Em São Paulo, a queda nos preços também foi significativa, com o índice saindo de 7,34% em junho para 6,53% em julho de 2024.

O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação e não os valores efetivamente negociados.