De acordo com o levantamento do IBEVAR – FIA Business School, as projeções econométricas de vendas no varejo mostram um aumento de 3,96% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023 e de 1,13% em comparação com o segundo trimestre de 2024. Do primeiro ao terceiro trimestre de 2024, é projetado um aumento de 3,39% do consumo. Considerando os últimos 12 meses, estima-se uma expansão de 3,3%, identificando uma modesta melhora em relação ao igual período do ano anterior, que registrou 3% de aumento.
Os dados coletados e examinados provenientes das redes sociais mostram que, para 43% dos segmentos deve haver um aumento das vendas em relação ao trimestre anterior contra 40% dos segmentos acusando queda. Porém, apenas 6 dos segmentos analisados, 14% do total, estão posicionados em um patamar alto de vendas no terceiro trimestre de 2024. O aumento esperado é ligeiramente maior que do ano passado, mas não é um movimento consistentemente disseminado.
Comparando os resultados globais das redes sociais do segundo com o terceiro trimestre deste ano, ratifica-se essa conclusão. Se para o terceiro trimestre 40% dos segmentos apresentavam queda, no segundo esse percentual era de 55% (21 segmentos). Mas o número de segmentos que se encontravam em um patamar baixo em relação a tendência era para o segundo trimestre 39% (15 segmentos), agora esse número subiu para 55% (22 segmentos). Ou seja, pode ser uma recuperação, mas tímida, a partir de uma situação frágil das disposições de compra.
“Esse crescimento vem sendo determinado principalmente pelos reflexos sobre a massa real de pagamentos em decorrência da queda da taxa de inflação. Com efeito, a massa real de rendimentos cresceu 8,9% nos últimos 12 meses. Entretanto, o ambiente político tem aumentado a instabilidade e suscitado muitas dúvidas sobre a possibilidade dessa trajetória de expansão”, afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School.