A 2ª Vara Judicial de Parobé tornou réu o médico obstetra que, durante uma cirurgia cesárea, deixou gaze no corpo da paciente, que morreu em um hospital da cidade do Vale do Paranhana. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Também a pedido da instituição, a Justiça suspendeu o exercício da atividade cirúrgica do denunciado até o julgamento do processo
A denúncia foi oferecida ao Poder Judiciário pela promotora de Justiça Sabrina Cabrera Batista Botelho no dia 24 de julho. Segundo ela, o médico foi acusado pelo crime de homicídio culposo, sem intenção de matar, durante o exercício da profissão, e falsidade ideológica. Sobre este segundo delito, o réu omitiu no prontuário médico da paciente a localização e a retirada da gaze durante uma nova cirurgia.
A vítima
Mariane Rosa da Silva Aita, de 39 anos, deixou seis filhos, sendo um deles, o bebê recém-nascido. O parto ocorreu no dia 12 de junho de 2023. Dois dias depois, a mulher recebeu alta do hospital e, após dois meses, procurou novo atendimento médico devido a dores abdominais. Após atendimentos e processos cirúrgicos, inclusive o que teve a omissão médica no prontuário, ela morreu no dia 23 de agosto de 2023.