Mercado eleva projeção para a inflação e PIB em 2024, aponta relatório Focus

A estimativa do IPCA passou de 4,05% para 4,10%

Crédito: Freepik

Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para este ano, que passou de 4,05% para 4,10%, e do Produto Interno Bruto (PIB) subindo de  2,15% para 2,19%. As projeções são resultado de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras e contidas no Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Banco Central (BC).

Com a projeção, a inflação de 2024 se mantem acima da meta central mas segue abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,90% para 3,96% na última semana.

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção para 2025 avançou de 1,93% para 1,94%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

TAXA DE JUROS

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá definir a nova taxa de juros, em comunicado no final da tarde de quarta-feira, 31.

Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 10,50% ao ano. Já para o fim de 2025, o mercado financeiro manteve sua expectativa de 9,50%. Isso quer dizer que os economistas continuam estimando corte dos juros ano que vem.

A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 ficou estável em R$ 5,30, enquanto para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,25. Para o saldo da balança comercial  a projeção permaneceu em US$ 82 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo cresceu de US$ 78 bilhões para US$ 78,5 bilhões.

Quanto a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 69,6 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso recuou de US$ 72,1 bilhões para US$ 71,6 bilhões.