Atingido pela enchente de maio, o hospital Mãe de Deus, no bairro Menino Deus, está desde então sem retomar as atividades na maternidade. Em função da falta de previsão de retomada do serviço, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), por meio do seu Núcleo de Obstetrícia, fez um alerta relacionado com o fechamento de centros obstétricos e UTIs neonatais no Rio Grande do Sul.
Segundo o Simers, esta situação causa sérios transtornos à população e coloca em risco a saúde de mães e bebês. “O caso recente do Hospital Mãe de Deus, com quase quatro décadas de tradição e reconhecido como um dos melhores locais para partos no Rio Grande do Sul, é um exemplo preocupante dessa tendência. A possível descontinuação do Serviço Materno Infantil do Hospital Mãe de Deus ameaça não apenas um serviço altamente qualificado, mas também dezenas de postos de trabalho de médicos e demais profissionais da saúde”, alertou o sindicato.
Em resposta ao fechamento, o Simers afirma estar mobilizado e em contato permanente com gestores do hospital para reverter a situação. Além disso, o sindicato afirmou que está buscando recursos junto à comunidade, gestores públicos e empresários para manter o serviço. Em nota, o hospital Mãe de Deus confirmou o fechamento do centro obstétrico e que ainda não há previsão para a reabertura da maternidade. Conforme a casa de saúde, a decisão foi tomada para que fosse possível reaver as atividades que antes ocorriam no subsolo, que ficou submerso com a enchente.
“Para que a instituição pudesse reabrir as portas o mais brevemente possível, principalmente o atendimento de Emergência, serviços essenciais para o funcionamento do hospital que ficavam no subsolo precisaram ser realocados para o 3º andar, onde fica o Centro Obstétrico. Depois de um período fechada em razão da enchente, a instituição tem trabalhado para voltar a seu funcionamento pleno, e hoje já retomou a grande maioria dos serviços, essenciais para a rede de saúde da Capital e do Interior. O Hospital agradece todo o apoio e a compreensão da comunidade durante esse período em que busca sua completa recuperação”, destacou o hospital em nota.
Durante o pico da enchente, o hospital Mãe de Deus foi um dos pontos mais atingidos no bairro Menino Deus, com a necessidade da retirada emergencial de pacientes e funcionários por equipes de resgate no local. O hospital voltou a funcionar, de forma gradual desde então, no dia 1º de junho.