O presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Sul, Dr. Lucas Schreiner, disse hoje ao Programa Acontecendo, da Rádio Guaíba, que a redução no acesso a maternidades na capital impacta na qualidade da assistência ao nascimento. O médico disse ser uma preocupação muito grande dos profissionais envolvidos no cuidado e assistência às mulheres e aos recém-nascidos. Destacou que só em Porto Alegre ocorreu o fechamento do serviço no Hospital Ernesto Dornelles, São Lucas da PUC e agora o Mãe de Deus que desligou os funcionários da Maternidade e decretou o fechamento da unidade, ainda não considerado definitivo, mas frente a decisão de dispensar a equipe, esses sinais podem ser considerados como uma decisão definitiva.
Destacou que a Sogirgs está atenta a esse movimento dos serviços hospitalares e que há movimento para buscar alternativa a esses serviços, com ampliação daqueles que seguem atuando.
Ao ser questionado pelo apresentador Lasier Martins sobre a situação da maternidade do Hospital Mãe de Deus, Schreiner disse que se trata de um fechamento provisório, mas que tudo indica que seja definitivo. Disse que depois da enchente que alagou parte do bairro Menino Deus e atingiu instalações do hospital os serviços já foram retomados, mas em relação à atividade da maternidade houve o desligamento dos profissionais. Finalizou afirmando que a Sogirgs não teve nenhuma informação definitiva sobre a posição do hospital sobre o serviço.
O Hospital Mãe de Deus voltou a funcionar em primeiro de junho, com a retomada gradual dos setores. A maternidade, porém, não retomou as atividades, pois alguns serviços que estavam localizados no subsolo, que foi completamente inundado, foram realocados para o terceiro andar, onde ficava o Centro Obstétrico.