A ampliação da linha de capital de giro para R$ 7,5 bilhões anunciada pelo BNDES ajudará as empresas gaúchas – incluindo micro, pequenas e médias – atingidas pelas enchentes, mas não será suficiente para resolver o problema. A avaliação é dopresidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Claudio Bier, para quem as empresas do RS seguem com muitas dificuldades para acessar as operações de crédito em função da burocracia envolvida no processo de solicitação e liberação do dinheiro, e algumas reclamam de não terem sido incluídas nesta mancha da inundação, mesmo localizada em áreas submersas. Situação que ele espera que mude a partir de agora, com a mudança do critério de elegibilidade.
Bier lembra que em encontro realizado por uma comitiva da FIERGS com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em Brasília, em maio, ele sugeriu a Alckmin uma linha de crédito direta das empresas com o BNDES, pedido que não foi atendido. A modalidade lançada funciona de forma indireta, com o empresário precisando recorrer a instituições financeiras da rede credenciada junto ao BNDES. Segundo Bier, muitos bancos solicitam garantias que as empresas não estão em condições de oferecer depois de passarem praticamente 60 dias sem operar.