Secretaria da Agricultura implanta barreiras sanitárias

Operação para conter doença de Newcastle é realizada em cinco municípios

Técnicos realizam a desinfecção de veículos e controlam movimentação de animais - Foto: Julia Chagas / Seapi / Divulgação CP

Oito barreiras sanitárias foram estabelecidas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação no fim de semana para conter o eventual avanço da doença de Newcastle. Um foco da doença foi confirmado na semana passada em uma granja comercial de Anta Gorda. Cinco barreiras estão implantadas no raio de três quilômetros do foco e três na área de vigilância, num raio de dez quilômetros.

“Os fiscais estaduais agropecuários e técnicos agrícolas, com apoio da Brigada Militar, estão fazendo a desinfecção de veículos e controlando a movimentação de animais, camas aviárias, esterco e demais produtos que possam carregar o vírus causador da doença”, explica a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da secretaria, Rosane Collares.

Nesta segunda-feira, 22, houve reunião com prefeitos dos municípios de Anta Gorda, Putinga, Ilópolis, Relvado e Doutor Ricardo, localidades incluídas no raio de dez quilômetros a partir do foco.

Além das barreiras, a secretaria também conduz operação de vigilância ativa, com visita às propriedades que estão no raio de dez quilômetros. São 870 estabelecimentos no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

“O Serviço Veterinário Oficial do estado já vistoriou 274 propriedades, entre elas 14 granjas de corte localizadas na área. Até agora não identificamos nenhuma evidência de que tenhamos qualquer outra ave com sinais compatíveis com doença de Newcastle”, informa Rosane.

Até o momento, não houve novas suspeitas de focos da doença. As três investigações que resultaram em coletas e análise laboratorial das amostras tiveram resultados negativos. Uma coleta de amostras de suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, realizada no município de Progresso, foi encaminhada para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP).

“Assim que finalizarmos toda a atividade e comprovarmos a ausência de circulação viral, teremos um prazo de 90 dias para reconhecimento internacional de retorno ao status sanitário anterior,”, conclui a diretora.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.