Conforme o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), houve expansão de 9,7% no faturamento das pequenas e médias empresas (PMEs) do Rio Grande do Sul em junho, em comparação com maio. Já em relação a média do primeiro quadrimestre do ano, o setor retraiu 2,7% no período. A queda em maio foi de 10%, e o avanço em junho indica o início da recuperação do setor.
Desempenho econômico das PMEs gaúchas
(IODE-PMEs – base: média jan-abr/24=100)
Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, destaca para a recuperação nos setores de Comércio, com alta de 43% (ante a maio), e Indústria, que avançou 17% na mesma base de comparação. “Por outro lado, a sustentação observada nas PMEs gaúchas de Serviços se manteve, principalmente, pela contribuição dos serviços de ‘Informação e Comunicação’. A queda observada em segmentos como ‘Alojamento e alimentação’ e ‘Artes, cultura, esporte e recreação’ superaram a média vista no estado nos últimos meses”, completa.
O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, divididos em 678 atividades econômicas. Para avaliar os impactos das enchentes nos negócios gaúchos, o índice avaliou exclusivamente os fluxos financeiros dos setores de Comércio, Indústria e Serviços.
Quedas e recuperações parciais foram mais intensas nos setores de Comércio e Indústria
(IODE-PMEs – base: média jan-abr/24=100)
O economista salienta também que o patamar ainda reduzido em junho, apesar de mais contido, vai na direção oposta ao que se observa no mercado de PMEs em 2024. “O setor apresentou expansão de 4,3% no acumulado do ano e o próprio estado do RS vinha contribuindo para esse resultado. No período de janeiro a abril, antes das inundações, o índice também indicava que o mercado local de PMEs seguia trajetória de expansão, com alta de 8,6% no faturamento em comparação aos mesmos meses do ano anterior”, comenta.
O Rio Grande do Sul é a quinta maior economia do país e responde por 6% do PIB nacional com, aproximadamente, 1,5 milhão de empresas ativas, das quais cerca de 80% estão em municípios consideravelmente afetados pelas enchentes. Além de contribuir para metrificar os efeitos das enchentes sobre a economia gaúcha no último mês, o IODE-PMEs permitirá avaliar o ritmo de recuperação das atividades das pequenas e médias empresas do Estado em curto prazo.