A Justiça Federal de Curitiba (PR) determinou nesta quinta-feira (18) a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque por crimes investigados pela Operação Lava Jato. As penas somam 98 anos, 11 meses e 25 dias por corrupção e lavagem de dinheiro. Duque foi condenado por receber propina de um empresário para efetivar contrato com a Petrobras para a instalação do gasoduto submarino de interligação de campos petrolíferos com a estatal.
A propina, de cerca de 2 milhões de dólares, foi paga em imóveis e com a compra de obras de arte em seu nome apreendidas pela Polícia Federal, segundo a investigação.
O ex-diretor foi condenado em 2018 pela 13ª Vara Federal de Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa apelou ao tribunal pedindo revisão da dosimetria da pena com o afastamento de valorações negativas e a revogação do confisco de duas salas do Edifício Centro Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. Em março de 2020, Duque foi solto e retornou com a imposição de medidas cautelares, como tornozeleira.