Entre os pontos apresentados na tarde de terça-feira pela Fraport Brasil ao Governo Federal está a necessidade da reconstrução parcial de ao menos 2 km da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional Salgado Filho para a retomada das operações no terminal. O estudo foi apresentado por executivos da concessionária, entre eles, o CEO Global da Fraport, Stefan Schulte, e a CEO da Fraport Brasil, Andreea Pal.
De acordo com o estudo, a pista ficou submersa por 23 dias, destacada pela empresa como algo “inédito na aviação mundial”. Na parte antiga da pista, de 2 km, placa de concreto que fica na base da estrutura foi preservada, mas a camada superior foi comprometida, sendo necessário retirar cerca de 45 centímetros do asfalta para a recuperação.
Já no trecho recente, inaugurado em 2022, cerca de 500 metros da extensão da pista ficou submersa, mas com impacto menor. Neste trecho, será necessário retirar apenas 15 centímetros do asfalto. Ainda de acordo com a Fraport Brasil, as cabeceiras da pista foram preservadas e as faixas laterais à pista, também chamadas de taxiways, não foram comprometidas. A iluminação da pista de pouso já foram recuperadas e estão em condições para serem utilizadas assim que as subestações de energia do aeroporto forem retomadas.
Ao todo, a Fraport Brasil estima que as obras de recuperação da estrutura do aeroporto, incluindo a pista de pousos e decolagens, estão estimada em R$ 700 milhões. A concessionária ainda detalhou que, para retomar uma operação parcial de pousos e decolagens, estimada para outubro, será necessário liberar ao menos 1,7 km da pista.
A completa recuperação do principal aeroporto do RS e a liberação das operações de forma total está prevista para dezembro de 2024. “A Fraport Brasil reforça o compromisso com o cumprimento do contrato de concessão firmado com a Anac e a pronta recuperação do Rio Grande do Sul. Em breve devolveremos à sociedade gaúcha um dos melhores aeroportos do Brasil”, completou Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil.