Tampinha Legal volta a operar no estado

Programa estava sem conseguir atuar desde maio

Crédito: Tampinha Legal/Divulgação

O programa Tampinha Legal voltou a operar no Rio Grande do Sul nesta semana, quando retoma o recebimento de tampas plásticas em Porto Alegre. Em decorrência da última enchente, o programa estava sem conseguir atuar no estado desde maio, deixando de atender cerca de 200 entidades assistenciais participantes. A gerente do Instituto SustenPlást, Simara Souza, explica a importância deste retorno para a retomada da sustentabilidade econômica de diversas famílias.

“Pela primeira vez em quase oito anos de atuação, o Tampinha Legal ficou, aproximadamente, dois meses sem receber nenhuma tampa plástica no Rio Grande do Sul, justamente no momento em que as entidades assistenciais mais precisavam de recursos. Só no estado são cerca de 200 instituições participantes, que contam mensalmente com as tampas plásticas no seu orçamento mensal. A retomada das atividades vai contribuir com a retomada da sustentabilidade econômica e social das entidades assistenciais, principalmente as que foram fortemente atingidas pela enchente”, destaca Simara. 

A sede do Tampinha Legal não foi atingida pelas águas, mas precisou interromper a sua operação, pois está localizada na Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, local que funcionou como “QG da Solidariedade”, recebendo doações para os atingidos pela enchente. De acordo com Simara, o programa será parte fundamental na reconstrução do estado, tanto na parte econômica, como social e ambiental.

RECURSOS

“Todos nós estamos vivendo dias difíceis e, por isso, compreendemos que o recesso no recolhimento de tampas plásticas foi necessário. Porém, a atividade do Tampinha Legal será extremamente importante para a retomada de muitas pessoas que contam com este recurso. Por isso, continue juntando tampas plásticas e entregando nos pontos de coleta cadastrados no programa. O Tampinha Legal vai abrir as suas portas novamente, mas precisamos do empenho da população para que a economia circular faça o seu trabalho”, finalizou. 

O Tampinha Legal atende aos quesitos de ESG, Logística Reversa e ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Com os recursos obtidos através do programa, as entidades assistenciais podem adquirir medicamentos, alimentos, equipamentos, ração animal e/ou materiais escolares, bem como custear tratamentos e exames de saúde humana e animal, melhorias em suas sedes, entre outras ações.

Atualmente possui 344 entidades assistenciais participantes e 2.843 pontos de coleta distribuídos pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal, Bahia e, a partir de agora, Paraná. Atuando desde 2016, o programa já recolheu mais de 1.400 toneladas de tampas plásticas que foram revertidas em mais de R$3,7 milhões de reais para as entidades assistenciais.