Um servidor público é alvo da Operação Falso Grau, deflagrada nesta terça-feira para coibir delitos de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato. De acordo com a Polícia Civil, o investigado utilizou um diploma fraudado para galgar cargos no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Canoas (Canoasprev). Ele teria recebido ilegalmente cerca de R$ 400 mil, sem correção monetária.
O homem é concursado desde 2013, sendo que já ocupou os cargos de presidente e de vice-presidente do Canoasprev. Atualmente, ele exerce cargo administrativo na prefeitura de Canoas.
A suspeita é que o investigado tenha feito uso de um diploma falso de bacharelado em comunicação e jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO), expedido em 2006, para obter vantagens financeiras que não teria direito sem o documento.
“O servidor teria se utilizado do diploma para se locupletar de valores, os quais somente poderiam ter sido pagos a quem possui graduação em curso superior. Os prejuízos causados aos cofres do CanoasPrev ultrapassam R$ 390 mil”, disse o delegado Max Otto Ritter, titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª DECOR), da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR).
A ofensiva, que contou com 14 agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), decorre de quatro meses de investigação. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, em Canoas e Porto Alegre, além do bloqueio de contas bancárias e confisco de dois automóveis.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Canoas para tratar da operação da Polícia Civil, mas ainda não obteve retorno. O espaço está aberto para esclarecimentos.