Perfil empresarial cresce mais de 8% em 2024, aponta indicador

No RS, o volume de empresas cresceu 132.161 e supera 1,4 milhçao no acumulado de 12 meses

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Entre abril de 2023 e abril de 2024, o Brasil teve saldo positivo de 2 milhões de empresas, totalizando 23.979.576 unidades ativas. Destas, mais de 60% (14.663.004) são Microempreendedores Individuais (MEIs), concentrando-se sobretudo no setor de Serviços. A conclusão é do estudo IPC Maps 2024, especializado há 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em fontes oficiais.

No Rio Grande do Sul, em igual período, o volume de empresas cresceu 132.161, encerrando o acumulado de 12 meses terminado em abril com 1.445.125 organizações, crescimento de 9,2% sobre o ano passado. A maioria delas, 97.019, são microempreendedores individuais (MEIs), o equivalente a 11,1% do total, só sendo superado por microempresários com 11,3% do total mas com apenas 32.316 empresas. O restante são empresas de pequeno porte (0,6%) e outras especificações (1,2%). O agronegócio, com 17,4%, lidera os segmentos, seguido de serviços com 11,5%, indústria com 8,3% e comércio, com 4,3%.

NACIONAL

Líder no ranking, o segmento Serviços registrou alta de 10,5% no período, marcando presença em 13,7 milhões de estabelecimentos, entre MEIs, Microempresas (MEs), Empresas de Pequeno Porte (EPPs) e demais naturezas jurídicas. Em segundo lugar, está Comércio, com uma expansão de 3,7%, reunindo quase 5,7 milhões de lojas; seguido por Indústrias, que ampliaram sua participação em 7,1%, somando 3,8 milhões de companhias. Por fim, aparece Agribusiness, respondendo por mais de 837 mil empresas atualmente — um incremento de 5,8%.

Nesse contexto, segundo Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, as MEIs também tiveram saldo positivo de mais de 1,1 milhão de CNPJs, com destaque para Serviços, que abrangem 8,3 milhões dessas unidades, e Comércio com 3,6 milhões. Na sequência, vêm os setores Industrial, com 2,7 milhões, e o Agro, com seus 74,6 mil microempreendedores individuais.   

Pazzini lembra que, de 2023 para 2024, a quantidade de empresas subiu 9,2% no interior e 7% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 8,1% da média nacional. “Esse cenário pode ser explicado pela escalada do home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios e essa modalidade de trabalho passou a ser mais frequente após a pandemia”, afirma.

REGIÕES

Já em relação à distribuição de estabelecimentos no âmbito nacional, a Região Sudeste segue no topo, abrigando mais da metade (51,8%) das corporações, somando cerca de 7,3 milhões de unidades só no setor de Serviços. Depois, vem o Sul com 18,9%, Nordeste com 16,2%, Centro-Oeste e seus 8,4%, e Norte que, perdendo cada vez mais representatividade nos negócios, possui apenas 4,6% das organizações ativas no País.

Partindo para a análise quantitativa para cada mil habitantes, a pesquisa IPC Maps reflete uma melhoria geral. A começar pelo Nordeste e Norte que, mesmo nas últimas posições, evoluíram para, respectivamente, 70,58 e 62,80 corporações/mil habitantes. As demais regiões seguem em vantagem, contando com 149,06 (Sul), 145,10 (Sudeste) e 120,74 (Centro-Oeste) companhias/mil habitantes.