Monitor do PIB-FGV aponta alta de 0,3% em maio, diz FGV

A estimativa é que o PIB, até maio de 2024, tenha somado R$ 4,5 trilhões.

Crédito: Assintecal/Divulgação

O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,3% da atividade econômica em maio em comparação a abril. Na comparação interanual a economia cresceu 1,3% em maio e 1,9% no trimestre móvel findo em maio. O desempenho foi divulgado nesta terça-feira,16, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). A taxa acumulada em 12 meses até maio foi de 2,4%. Em termos monetários, estima-se que o PIB, até maio de 2024 em valores correntes, tenha sido de R$ 4,5 trilhões.

“O crescimento da economia em maio, na comparação com abril, teve forte influência do desempenho do consumo das famílias, que registrou a maior alta do ano neste mês. Os investimentos também cresceram nesse período. Esses fatos revelam uma demanda interna aquecida. Do ponto de vista da produção o cenário é um pouco diferente. Dentre as três grandes atividades econômicas, apenas a agropecuária teve crescimento, enquanto a indústria e o setor de serviços se mostraram estáveis. Este cenário mostra que embora a demanda interna esteja aquecida, a capacidade produtiva interna não demonstra a mesma força.”, segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

CONSUMO DAS FAMÍLIAS

O consumo continua crescendo em todas as categorias, porém com maior influência do consumo de serviços e de produtos não duráveis, com alta de 4,6% no final de maio. Apesar disso, nota-se que a trajetória ascendente observada desde o início do ano, foi interrompida, o que pode indicar perda de fôlego do consumo. Apenas o consumo de produtos não duráveis cresceu entre o trimestre móvel findo em abril e trimestre móvel findo em maio.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 4,5% no trimestre móvel findo em maio. Continuando o padrão já observado no trimestre móvel anterior, todos os componentes contribuíram positivamente para esse crescimento da FBCF. Apesar disso, cabe destacar que o segmento da construção diminuiu sua contribuição para o crescimento desse componente nesse período.

EXPORTAÇÃO

Após ter apresentado forte contribuição ao longo de 2023, a exportação cresceu 3,2% no trimestre terminado em  maio, apesar de os produtos agropecuários terem contribuído  negativamente para a taxa trimestral interanual móvel de maio da exportação. Isto ajuda a explicar a forte redução do ritmo de crescimento das exportações. Outro fator que colaborou para esta redução são as menores contribuições das exportações de produtos da extrativa e de bens de consumo.

O crescimento de 10,3% da importação foi influenciado pelo crescimento de todos os seus componentes. Os principais destaques foram o crescimento da importação de serviços e de bens intermediários. Já a taxa de investimento em maio de 2024 foi de 18,0%, na série a valores correntes, pouco acima da taxa de investimentos média desde 2000.