Comércio do estado registrou alta de 6,3% em junho, aponta indicador

Desempenho nas 30 cidades mais afetadas pela tragédia cresceram 7,5% em média

Crédito: Alexandre Barros/Divulgação

O Varejo em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul apresentou crescimento acima da média nacional em junho. Conforme o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), enquanto o Varejo nacional cresceu 2,8% em termos nominais, em comparação a junho de 2023, a capital gaúcha teve alta de 3,6% no mesmo período. O comércio no estado do Rio Grande do Sul, por sua vez, registrou alta de 6,3%.

Já as vendas nas 30 cidades mais afetadas pela tragédia — a partir de levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) — cresceram 7,5% em média. Porto Alegre apresentou alta em quase todos os principais setores do Varejo em junho: Postos de Combustíveis (+11,7%), Supermercados e Hipermercados (+5,3%), Farmácias e Drogarias (+3,1%), Vestuário (+2,3%) e Alimentação — Bares e Restaurantes (+0,6%). Óticas e Joalherias, um setor presenteável relacionado ao Dia dos Namorados, comemorado no dia 12 de junho, cresceu 18,0% em Porto Alegre. Já o setor de Turismo e Transporte teve queda de 23,5%.

Além da alta de 7,5% no Varejo, os setores de Óticas e Joalherias (+17,4%), Supermercados e Hipermercados (+11,5%), Postos de Combustíveis (+10,3%) e Alimentação — Bares e Restaurantes (+7,9%) foram destaques. Vestuário também cresceu (+0,9%). Já Turismo e Transporte (-5,6%) e Farmácias e Drogarias (-0,9%) apresentaram queda no faturamento.

ESTADO

As vendas no estado cresceram 6,3% em junho em relação ao mesmo mês de 2023. Postos de Combustíveis, com 16,1% de alta, foi o principal destaque. Na sequência, estão Óticas e Joalherias (+10,2%), Supermercados e Hipermercados (+8,5%), Farmácias e Drogarias (+7,3%) e Alimentação — Bares e Restaurantes (+4,7%). Vestuário não apresentou variação (0,0%) no estado. O faturamento de Turismo e Transporte caiu 15,1%.

“Em maio foi possível verificar desempenho acima da média em segmentos relacionados a artigos de primeira necessidade, como hipermercados e drogarias. Esse comportamento de
consumo estava associado à preocupação das pessoas em fazer estoques diante do risco de
desabastecimento. Em junho esses setores continuaram em alta, mas foram acompanhados por outros segmentos, incluindo presenteáveis, provavelmente em função do Dia dos Namorados”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

“A exceção é o setor de Turismo e Transporte. Ainda há um forte receio de se visitar as regiões afetadas, principalmente em relação à infraestrutura e logística. O Aeroporto Salgado Filho, por exemplo, ainda não reúne condições de receber voos e muitas cidades estão em processo de reconstrução”, diz.