O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quarta-feira, 10, o resultaod do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira. A projeção de analistas é de uma alta de 0,32%, um avanço menor em relação à alta de 0,46% em maio. Se confirmado o índice, no acumulado dos últimos 12 meses vai superar os 4%, e deixará para trás a contabilização a deflação registrada em junho do ano passado.
Assim, vai acelerar de 3,93% para 4,25% o indicador anual, se aproximando do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Em maio do ano passado, a alta acumulada do IPCA chegou a 2,95% e, em Porto Alegre, a variação foi de 0,08%, vindo de 0,49% em abril, e acumulando 2,82% no ano e 3,31% em 12 meses.
Os grupos de Transportes (-0,57%) e de Artigos de residência (-0,23%) foram os únicos a registrarem queda no IPCA de maio. No primeiro, destacam-se os recuos nos preços das passagens aéreas (-17,73%), além do resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%).
PROJEÇÃO
A desaceleração do índice em maio também foi influenciada pelo resultado do grupo de Alimentação e bebidas, que passou de 0,71% em abril para 0,16% em maio. O principal destaque foi na alimentação no domicílio, que passou de 0,73% no mês anterior para uma estabilidade em maio. O grupo registrou queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%). Por outro lado, a alta teve como destaque a inflação do tomate (6,65%), do leite longa vida (2,37%) e do pão francês (1,40%).
No Boletim Focus do Banco Central, a estimativa do IPCA para este ano passou para 4,02%, pela nona semana seguida, enquanto a previsão para a inflação de 2025 avançou de 3,87% para 3,88% (na décima subida em sequência). Entre os especialistas, o reajuste dos combustíveis deve acelerar esta percepção para 4,28%, fruto de elevação de 0,13 ponto porcentual com os novos preços dos combustíveis.