O IPCA de junho deve ter desacelerado, com uma projeção de alta de 0,32% no compilado dos analistas da Investing.com. É um avanço menor em relação à alta de 0,46% em maio. “Deve pesar para o recuo a desaceleração no grupo de Habitação, Vestuário, Saúde e Higiene Pessoal”, aponta Leandro Manzoni, analista de economia do Investing.com. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quarta-feira, 10, o indicador oficial.
No entanto, o IPCA no acumulado dos últimos 12 meses vai retornar para acima dos 4%, porque deixará a contabilização a deflação registrada em junho do ano passado. Desta forma, o IPCA anual deve acelerar de 3,93% para 4,25%. O teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
IMPACTO PARA AGOSTO
Os reajustes dos combustíveis que entram em vigor a partir desta terça-feira, 9, especificamente da gasolina e do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) devem gerar um impacto altista entre 0,16 e 0,21 ponto percentual nas próximas leituras do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Conforme divulgou a Petrobras, o preço do litro da gasolina deverá subir em R$ 0,20 para as distribuidoras, enquanto o botijão de 13 kg de GLP deverá ser elevado, em média, em R$ 3,20.
Antes do anúncio, no Boletim Focus do Banco Central, a estimativa do IPCA para este ano passou para 4,02%, pela nona semana seguida, enquanto a previsão para a inflação de 2025 avançou de 3,87% para 3,88% (na décima subida em sequência). Entre os especialistas, o reajuste dos combustíveis deve acelerar esta percepção para 4,28%, fruto de elevação de 0,13 ponto porcentual com os novos preços dos combustíveis.