No primeiro semestre de 2024, pelo menos 43 pessoas morreram e outras 2.506 ficaram feridas no trânsito de Porto Alegre. Em média, sete pessoas morrem por mês. O balanço foi divulgado pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do Rio Grande do Sul (ABRAMET/RS), que analisou os dados do Sistema de Cadastro de Acidentes de Trânsito da EPTC, nesta quinta-feira, 4.
Entre as vítimas fatais, 17 vieram a óbito no local do acidente e outras 16 posteriormente, sendo 73% do sexo masculino (24) e 27% do sexo feminino (9). Os motociclistas continuam liderando o ranking dos mortos e feridos no trânsito representando em torno de metade das vítimas. De acordo com os dados, 15 óbitos foram de condutores de motos, seguidos de pedestres atropelados (11 óbitos) e de condutores de veículos (5 óbitos). Entre as vítimas, ainda constam 1 ciclista e 1 passageiro de veículo.
Segundo a ABRAMET/RS, os dados mostram um crescimento no número de mortes comparado ao mesmo período do ano passado, quando 28 pessoas perderam a vida. Apesar de uma pequena redução no número de feridos em relação ao mesmo período de 2023 (3.188 feridos) o aumento de sinistros de trânsito fatais geram uma maior preocupação por parte dos especialistas.
Para o presidente da ABRAMET/RS, Ricardo Hegele, são dados alarmantes de uma triste realidade que vem numa escala crescente nos últimos anos. “Enquanto as pessoas não tiverem a real consciência de que o trânsito mata, não teremos mudança nestes números que destroem vidas e famílias”, afirma. Hegele acrescenta que “precisamos que as autoridades de trânsito em conjunto com a sociedade percebam e enfrentem essa epidemia de mortos e feridos que geram elevados gastos com tratamento e reabilitação”, diz Hegele.
Do total das 2.506 feridos, 1.288 são motociclistas, seguidos dos condutores (364), ocupantes de veículos (278), pedestres (252), ocupantes de motos (192), ciclistas (91) e não informado (21).
A região Leste de Porto Alegre é a que mais registrou vítimas envolvidas em ocorrências de trânsito, correspondendo a 33% dos casos. A região Norte e Sul, vem em seguida, ambas com 28% das ocorrências.