O Índice de Confiança Empresarial (ICE) ficou estável pelo segundo mês consecutivo em junho, na marca dos 95,6 pontos. Com isso, a média do segundo trimestre (95,6 pontos) fechou ligeiramente acima dos 94,8 pontos médios do trimestre anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Economia pela Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
A confiança empresarial estacionou no segundo trimestre em patamar ligeiramente superior ao do trimestre anterior, numa desaceleração da tendência de recuperação observada no início do ano. “O resultado pode ter sido influenciado pelo impacto das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o nível de atividade econômica corrente da região, uma vez que o Índice de Expectativas voltou a subir no mês e a atingir o maior nível desde setembro de 2022. Entre os setores, Indústria e Construção continuam a apresentar resiliência enquanto os Serviços e, principalmente, o Comércio vêm registrando perda de fôlego nos últimos meses”, avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
ESTABILIDADE
A estabilidade do ICE em junho foi resultado de comportamentos distintos em seus dois índices-componentes. O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) avançou 0,6 ponto, alcançando 96,0 pontos, impulsionado principalmente pela melhora nas projeções de demanda nos três meses seguintes, com o indicador que mede esta percepção avançando 1,2 ponto, para 95,8 pontos. Já o indicador que afere a percepção da tendência dos negócios para os seis meses seguintes observou uma relativa estabilidade, ao subir 0,1 ponto, para 96,3 pontos.
O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou 0,7 ponto no mês, a maior queda em pontos desde janeiro, atingindo 95,1 pontos. Os seus componentes, que medem a percepção sobre a demanda corrente e a situação atual dos negócios, apresentaram quedas de 0,7 e 0,6 ponto, para 95,3 e 95,0 pontos, respectivamente.