Registro de inadimplentes aponta estabilidade após nove recuos seguidos, aponta Equifax/BoaVista

Indicador de Recuperação de Crédito, por sua vez, recuou pela segundo mês consecutivo

Crédito: Freepick

Depois de nove meses seguidos de queda, o número de registros de inadimplentes, na base de dados do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), apresentou estabilidade no mês de maio de 2024, com uma variação de 0,01% na comparação com o mês de abril de 2024, considerando os dados com ajuste sazonal, segundo a Equifax | BoaVista.  Na série de dados originais, os registros subiram 0,85% em maio na variação interanual, após terem subido 2,45% em abril, nesta base de comparação.

Na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o indicador de registros de inadimplentes desacelerou seu ritmo de crescimento de 1,4% em abril para 0,8% em maio de 2024.

“Depois de um longo período de recuos mensais, o registro de inadimplentes apresentou estabilidade, ainda refletindo a melhora que vinha sendo observada nos fatores condicionantes, com destaque para os números de emprego e juros. Agora essa tendência de melhora parece ter chegado ao fim, como reflexo da estabilidade no mercado de trabalho e do fim esperado nas quedas dos juros”, aponta Flávio Calife, economista da Equifax | BoaVista.

RECUPERAÇÃO

Já o Indicador de Recuperação de Crédito da Equifax | BoaVista, na base de dados do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), registrou recuo de 0,77% em maio na comparação mensal dessazonalizada contra o mês de abril de 2024. Contra o mesmo mês do ano anterior o indicador reverteu uma sequência grande de crescimentos interanuais e recuou 1,86% em maio, e na análise acumulada em 12 meses passou de 18,5% em abril para 17,4% em maio.

“A recuperação de crédito apresentou forte evolução nos últimos meses, impulsionada pela melhora das condições financeiras do consumidor, com aumento na renda real e redução do endividamento e juros, além das renegociações de dívidas proporcionadas pelo programa Desenrola. Mas esses fatores condicionantes estão reduzindo sua importância e começando a ter efeito sobre a capacidade dos consumidores de pagar suas dívidas em atraso”, finaliza o economista da Equifax | BoaVista.