O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas caiu 2,3 pontos em junho, para 110,6 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais o indicador manteve a tendência de alta ao subir 2,3 pontos, para 110,0 pontos. O recuo do indicador de incerteza em junho pode ser explicado por uma calibragem no componente de mídia, após uma alta expressiva no mês anterior influenciada diretamente pelo desastre climático no Sul do país.
“O componente de expectativas, por sua vez, sobe pelo segundo mês consecutivo, refletindo um aumento da incerteza com relação à evolução futura de inflação e juros no Brasil, além do cenário internacional desafiador. Nos próximos meses é possível que o IIE-Br continue a flutuar próximo aos 110 pontos, mantendo o nível de incerteza em patamar ainda ligeiramente desconfortável”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
O componente de Mídia do IIE-Br recuou 3,4 pontos em junho, para 110,8 pontos, contribuindo negativamente com 3,0 pontos para a evolução do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 2,8 pontos, para 105,1 pontos, maior nível desde agosto do ano passado (105,2 pontos). O componente de Expectativas contribuiu positivamente com 0,7 ponto para a alta do IIE-Br no mês.