Inquérito de explosão no bairro Rubem Berta termina sem indiciamentos

Vazamento de gás não teria sido proposital

Foto: Maria Eduarda Fortes / Correio do Povo
A Polícia Civil concluiu que não houve conduta proposital no vazamento de gás que resultou na explosão em um prédio no bairro Rubem Berta, na zona Norte de Porto Alegre, no dia 4 de janeiro deste ano. Uma pessoa, Tiago Lemos, de 38 anos, morreu e Rodrigo da Rosa Rufino teve queimaduras de 60% do corpo. O inquérito encerrou sem indiciamentos, como explica o delegado Cleiton de Freitas, da 18° DP.
“Chegamos à conclusão, após ouvir todos, examinar todas as provas dentro dos autos, nós chegamos a essa conclusão que foi de não indiciamento, até porque não houve uma conduta proposital nesse evento. Inclusive, de onde começou a explosão, de onde veio a explosão, a autoria, o morador, faleceu e outro ficou totalmente ferido”, explicou.
Conforme o delegado, 25 pessoas foram ouvidas, além da análise de documentos para a conclusão do inquérito.
“Com base em provas testemunhais, depoimentos dos bombeiros, documentação do prédio, de todas torres, parte do habite-se, e outros documentos oficiais. Ouvimos 25 pessoas, entre elas algumas foram ouvidas mais de uma vez, para que a gente pudesse tirar algumas dúvidas”, detalhou.
O laudo elaborado pelo IGP indica que o vazamento ocorreu em um fogão do tipo cooktop, localizado no apartamento 303, no bloco 10, do Condomínio Alto São Francisco. A análise atesta que um dos botões de controle de queimaduras estava em posição que permitia a liberação do gás. Ainda segundo o documento, não foi possível identificar ‘de forma técnica e inequívoca’ o fator ignitor da explosão. A perícia destaca ainda que não houve vazamentos no kit central de gás, que é ligado aos demais apartamentos.