Vereador propõe construção de moradias no entorno do Túnel da Conceição para desabrigados de Porto Alegre

Especialistas contestam necessidade da obra, visto a quantidade de imóveis já construídos e desocupados no Centro da cidade

Em nota enviada à imprensa, o vereador cita a que a contrução implicaria alterações no Plano Diretor do município | Foto: Divulgação / CP

Um projeto de construção de apartamentos para atingidos pela enchente em Porto Alegre foi protocolado na Câmara, no último sábado, dia 22. A indicação, de número IND 047/24 e autoria do vereador de Porto Alegre Tiago Albrecht (Novo), sugere ao Executivo municipal a construção de habitações de interesse social nas áreas verdes próximas ao Túnel da Conceição. Na enchente que atingiu a Cidade em Maio de 2024, o local indicado não foi diretamente afetado pelas águas.

Em nota enviada à imprensa, o vereador cita a necessidade de alterações no Plano Diretor do município, documento que delimita os parâmetros e aspectos das construções urbanas, para viabilizar a construção. Segundo a proposta, o objetivo da construção seria transformar a área hoje “subutilizada”, para que sirva como moradia para os cidadãos desabrigados. O projeto assinado pelo arquiteto e urbanista, e professor aposentado da UFRGS, Eduardo Galvão, teria potencial para servir de moradia para até 1,5 mil pessoas.
Visão que se teria dos prédios desde a Avenida Oswaldo Aranha | Foto: Divulgação / CP

O projeto prevê duas alas, Leste e Oeste, e dois tipos de unidades: apartamentos de 2 dormitórios, cada um com 19M², ou studios de 39,52m² cada. A ala leste deveria ter 24 apartamentos ou 48 studios. Já a ala Oeste, pode ter 13 apartamentos ou 26 studios.
Planta dos apartamentos | Foto: Divulgação / CP

“Diante do cenário que Porto Alegre vive, é crucial que o Poder Público municipal tome providências para prover melhores oportunidades de habitação, para que o cidadão atingido não permaneça em situação de risco, na localidade onde residia anteriormente. Uma das soluções, ainda que parcial, é o aproveitamento de áreas subutilizadas para construção de moradias”, defende Albrecht.