A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira, a segunda fase da Operação White Box, que tem como alvo integrantes de um grupo que movimentava aproximadamente R$ 1 milhão por mês com tráfico de cocaína. A ação decorre de investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) de Canoas e conta com o apoio de policiais civis do Rio de Janeiro. Até o momento, 16 pessoas foram presas.
Mais de 150 agentes participam da ofensiva. São cumpridos 13 mandados de prisão, 25 ordens de busca e mais 17 sequestros de veículos.
As diligências ocorrem em Canoas, Porto Alegre, Cachoeirinha, Cidreira, Torres, Esteio e Gravataí. Além disso, mandados também são efetuados no sistema prisional em Charqueadas, Montenegro e Arroio dos Ratos.
O líder da quadrilha seria um traficante conhecido como Gabiru, que cumpre pena na Penitenciária do Jacuí (Pej). Ele foi preso em dezembro, na primeira fase da operação, em um condomínio no entorno da Arena do Grêmio, no bairro Humaitá. Mesmo dentro da cadeia, a investigação aponta que ele continuou comandando o esquema de tráfico.
Os alvos são investigados por gerir pelo menos três laboratórios de produção de cocaína. Eles seriam integrantes de uma facção com base no Vale do Sinos, mas que também criou ramificações em Canoas.
O delegado Gustavo Bermudes, titular da Draco de Canoas, destaca que, ao longo das apurações, houve apreensão de vasta quantidade de cocaína, insumos para mistura, prensa hidráulica, balanças de precisão e armas de fogo, como um fuzil, pistolas e resolveres.
“Foram empregados todos os meios de investigação disponíveis para identificar a logística empregada pelos criminosos, resultando, na data de hoje, no cumprimento de todas as medidas cautelares deferidas pelo Poder Judiciário”, afirmou o titular da Draco de Canoas.
O delegado regional Cristiano Reschke ressalta o duro golpe aplicado no grupo criminoso a partir da operação. “Efetuamos a prisão dos principais indivíduos que compunham o grupo, resultando em 100% de efetividade”, enfatizou Cristiano Reschke.