Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática é instalado no RS

O grupo é composto por técnicos com experiência em clima, meio ambiente e hidrologia e temas relacionados

Foto: Jürgen Mayrhofer/Secom

Nesta quarta-feira pela manhã, o governador Eduardo Leite coordenou a primeira reunião do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Plano Rio Grande. Este grupo é composto por técnicos com experiência em clima, meio ambiente e hidrologia e temas relacionados, que terão papéis consultivos e propositivos em relação aos aspectos técnicos, tecnológicos e científicos dos projetos de reconstrução do RS.

Integram a estrutura do Plano Rio Grande o comitê gestor, o conselho de participação social (com 170 membros) e comitê científico com planos de trabalhos focados em ações emergenciais, reconstrução e mapeamento de recursos. Eduardo Leite reforçou a importância de orientação científica e expressou grandes expectativas em relação às contribuições do comitê para o Estado. O governador ainda enfatizou que não há espaço para negação dos desafios ambientais que o planeta enfrenta.

Os principais pontos que serão abordados no Plano incluem sistemas de proteção já estudados, avanços na efetividade desses sistemas, desassoreamento de rios e córregos, revisão de planos diretores (inicialmente no Vale do Taquari), e definição de novas localidades com medidas de indenização e remoção de pessoas de áreas de risco.

Além disso, serão analisadas propostas de soluções para aumentar a resiliência dos municípios, incluindo intervenções urbanas estratégicas, desenvolvimento de sistemas de rodovias alternativas e aeroportos de backup, e a estruturação da rede de energia e saneamento básico.

A Secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Simone Stülp, destacou que, inicialmente, as reuniões do comitê científico serão realizadas semanalmente em formato híbrido. Nesta primeira reunião, foi discutida a dinâmica do comitê e os próximos debates começarão no próximo encontro, agendado para o dia 2 de julho.

O vice-coordenador do comitê, Jorge Audi, destacou a importância da criação de um canal para recepção e análise de propostas provenientes do governo e da sociedade. Ele expressou a expectativa de construir análises embasadas cientificamente e encaminhar pareceres com respaldo técnico.

O reconhecimento da importância do papel da comunidade científica, que tem a capacidade de propor soluções para crises complexas como a atual. Foi enfatizada a necessidade de confiança na ciência e da busca por soluções que contribuam para o futuro e para um novo patamar de desenvolvimento do Estado.