Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do RS deverá avaliar se o Governo está “no caminho correto ou não”

Grupo terá caráter consultivo e propositivo

Foto: Jürgen Mayrhofer/Secom

A avaliação dos três eixos estruturantes – resiliência, preparação e reconstrução – para a retomada do Estado são demandas prioritárias do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Rio Grande do Sul, instalado nesta quarta-feira no Palácio Piratini. O grupo de cerca de 40 especialistas fixos deve avaliar, nesta primeira etapa, se o Governo está “no caminho correto ou não”, segundo o governador Eduardo Leite. 

“A gente tem uma expectativa aqui pelo menos sobre esta visão macro do governo, que nós estamos oferecendo nos projetos estruturantes para preparação, para a resiliência, enfim, que nós tenhamos um primeiro parecer do Comitê nas próximas semanas para dizer se estamos no caminho correto ou não, para que a gente possa então desenvolver os projetos, contratar os projetos e estudos que nós pretendemos contratar”, explicou Leite.

O comitê, de caráter consultivo e propositivo, faz parte do Plano Rio Grande, de reconstrução do Estado, e será coordenado pela secretária estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, e tem como atribuição debater aspectos técnicos, tecnológicos e científicos de políticas públicas voltadas para a adaptação e resiliência climática. Também participam da direção Jorge Audy, professor PUCRS, que será vice-coordenador, e Joel Goldefum, diretor do Instituto de Pesquisas Hídricas da UFGRS, que assume como secretário executivo. 

A ordem, até a elaboração de um parecer, parte da priorização, definida pelo Comitê Gestor Plano Rio Grande, convocação e consulta, estruturada pelo comitê científico, e discussão, produzida em conjunto com especialistas convidados especificamente para o tema. Eduardo Leite abordou como será a relação com o grupo.

“O comitê tem caráter consultivo, naturalmente as consultas que fizermos ao comitê, sempre que elas tiverem algum nível de consenso, deverão ser respeitadas. Então a postura, a decisão, a deliberação é do comitê gestor do governo, mas apoiado nessas consultas que são feitas. Naturalmente a ciência pode ter os seus próprios enfrentamentos entre cientistas e especialistas, com visões distintas, e nós vamos nos apropriar desses debates, dos pareceres que foram exarados e respeitá-los”, disse Leite.
Parte das medidas de reconstrução, em razão da necessidade de agilidade, serão desenvolvidas paralelamente com o Comitê, que poderá sugerir ajustes.
Integram, de forma fixa, os especialistas: Ana Amelia Campos Toni, Ana Paula Rovedder, André Jasper, Andréia Rosane de Moura Valim, Benamy Turkienicz, Camila dos Santos Gonçalves, Carla Ten Caten, Carlos Eduardo Morelli Tucci, Carlos Nobre, Daniela Mueller de Lara, Délton Winter de Carvalho, Éder Henriqson, Elisa Helena Leão Fernandes, Fabiano Passuelo Hessel, Fernando Schnaid, Francilene Procópio Garcia, Gerson Fauth, Ilma Simoni Brum da Silva, Jefferson Cardia Simões, Jerson Kelman, Joel Goldenfum, Jorge Audy, Jose Antonio Marengo Orsini, José Antônio Valle Antunes Jr., Juliano R. Gimenez, Júlio Xandro Heck, Leonardo Alvim Beroldt da Silva, Lucia Campos Pellanda, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, Marcelo Félix Alonso, Marcelo Schneider, Marcia Cristina Barbosa, Márcia Pinheiro Margis, Maria Fernanda Lemos, Odir Antonio Dellagostin, Ronaldo Adriano Christofoletti, Ruben Oliven, Santiago Uribe, Simone Stülp, Tatiana Silva da Silva, Taneha Bacchin, Vagner Anabor e Waldyr Stumpf Junior.