A maior tragédia climática da história de São Leopoldo provocou danos em diversas em estruturas públicas do município. Um levantamento feito pela Prefeitura aponta que enchente de maio causou estragos na estrutura física de 16 unidades de saúde, bem como mobiliários, equipamentos, materiais e insumos. O total perdido em estrutura física, equipamentos e mobiliário chega a R$ 17,3 milhões. As unidades mais afetadas foram aquelas localizadas na região Oeste e Nordeste.
O caso mais simbólico ocorreu na unidade de saúde da Paim, inaugurada no dia 27 de abril, uma semana antes da tragédia, e teve toda sua estrutura comprometida. Outros serviços também foram atingidos e ficaram comprometidos, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Farmácia Municipal, Farmácia Estadual, Consultório Farmacêutico, Serviço de Atendimento Especializado, Laboratório Municipal Especializado e o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil.
Apesar das dificuldades com fechamentos de unidades, a população não ficou desassistida por conta do deslocamento estratégico das equipes. “Profissionais foram deslocados para abrigos, para outras unidades, e equipes volantes atuaram para que o serviço chegasse a quem mais necessitava”, salientou o secretário de Saúde, Júlio Dorneles. Durante o enfrentamento da situação de calamidade pública foram organizados 126 abrigos para dar assistência às pessoas afetadas pela enchente. Todos os abrigos foram assistidos por equipes de saúde volantes ou fixas. Do dia 2 até 23 de maio, registrou-se pelo menos 3.680 atendimentos de saúde.
O prefeito Ary Vanazzi lamenta que a tragédia climática tenha descontinuado serviços e provocado o atraso de cirurgias. “Mas vamos retomar esses trabalhos. Temos projetos e o valor de R$ 2 bilhões captados para a reconstrução nas áreas de saúde, educação e assistência social”, ressaltou.