A semana econômica vai oferecer ao mercado financeiro e aos investidores informações necessárias para definir quais os caminhos a serem seguidos, por exemplo, por aqueles que têm a missão de definir qual a política de juros do país para os próximos meses. Nesta terça-feira, o Banco Central divulga a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que definiu, de forma unânime, manter a taxa de juros em 10,50% pelo menos até o próximo encontro, em 30 e 31 de julho.
Indicadores fiscais também estão no horizonte para serem monitorados de perto, conforme os analistas da Investing.com, após a dívida púbica do país como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) ter terminado em abril em 76% comparado com 75,7% no mês anterior. O período também se agitará com a prévia da inflação oficial (IPCA-15), Relatório Trimestral de Inflação e geração de emprego, taxa de desemprego, completam a lista de informações econômicas da semana.
Tudo começa com a confiança do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Boletim Focus, do Banco Central, já com o impacto da semana pós reunião do Copom, nesta segunda-feira, 24. Também serão divulgados dados do IPC-S da terceira semana do mês e o Investimentos Diretos no País (IDP) do Banco Central, com projeção de US$ 4,8 bilhões , e os dados de transações correntes de maio, com expectativa de queda de US$ 3,3 bilhões. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresenta o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI).
ATA DO COPOM
Na terça-feira, 25, sai a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia a prévia da inflação, e a FGV libera dados da confiança da construção civil. Dados de empréstimos bancários serão apresentados no mesmo dia. No mesmo dia, a FGV libera dados dos custos da construção civil (INCC-M). Na quarta-feira, 26, a FGV divulga dados da sondagem, enquanto o IBGE informa o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que tem projeção de alta de 0,45%. Economistas devem se mostrar atentos aos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul nos preços de alimentos, bem como à trajetória da inflação de serviços e dos serviços subjacentes, fatores importantes para a condução da política monetária.
Mais ao final da semana, na quinta-feira, 27, destaque para o Relatório Trimestral de maio, quando agentes financeiros acreditam que a autoridade monetária pode revisar sua projeção sobre o juro neutro da economia brasileira – a taxa de juros que não acelera e nem desacelera a economia. O juro neutro (ou natural) está atualmente estimado pelo BC em 4,5%. Caso a taxa suba, seria um sinal de que uma mesma taxa Selic, de 10,5%, estaria promovendo um grau de aperto monetário menor na atividade econômica.
No mesmo dia sai a inflação preços ao produtor, do IBGE, Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da FGV, e dados de emprego formal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com expectativa de geração de emprego em 180 mil. Na sexta-feira, 28, será a vez da taxa de desemprego divulgada pelo IBGE e dados da dívida bruta brasileira, com crescimento mensal esperado de 7,6%