O governador Eduardo Leite anunciou um novo projeto de incentivo à adoção de animais resgatados durante as enchentes no Rio Grande do Sul. Desenvolvido pelo Gabinete de Projetos Especiais do Vice-governador e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), o texto, que será encaminhado à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS) nesta semana, prevê investimento de R$ 6,86 milhões no bem-estar animal.
Atualmente, 15.259 animais de estimação estão abrigados em 353 locais em todo o Rio Grande do Sul. A maior concentração ocorre em Canoas (5.335 animais) e em Porto Alegre (4.223). Leite destacou que o projeto visa apoiar quem deseja adotar um animal de estimação, garantindo assim um lar adequado aos animais afetados pelas enchentes.
“Nós queremos que todos estes animais tenham um lar, mas sabemos que muitas pessoas podem querer ter um animal, mas acabam não conseguindo dar os cuidados iniciais. Por isso, vamos encaminhar um projeto para a Assembleia Legislativa prevendo um incentivo financeiro que ajude a concretizar as adoções e garanta o encaminhamento dos animais resgatados para um lar”, disse.
O vice-governador Gabriel Souza afirmou que o projeto garantirá o bem-estar dos animais. “Os animais resgatados das enchentes terão seu bem-estar garantido, na medida em que estarão com famílias que se interessam por dar carinho a eles e não apenas pelo fato de haver incentivo financeiro”, afirmou.
O incentivo para adoção será pago para aquelas pessoas que desejarem adotar um animal de estimação afetado pelas enchentes, mas que não têm condições de arcar com os custos. De acordo com o projeto de lei, o governo pagará R$ 450 por animal adotado, e cada pessoa poderá adotar até dois animais.
O valor previsto considera gastos básicos de cuidados com animais de estimação durante seis meses. O valor será pago em duas parcelas, uma logo após ser realizada a adoção do animal e outra após três meses, quando será realizado um acompanhamento para garantir o bem-estar do animal adotado.
Além disso, todos os animais postos para adoção já estarão castrados e microchipados, por meio de uma parceria com hospitais universitários veterinários, Ministério Público do Rio Grande do Sul e o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad). A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.