Em um Gre-Nal sem muito brilho e com poucas chances do gol, o Inter venceu o Grêmio por 1 a 0 no final da tarde deste sábado, no Couto Pereira. O clássico, válido pela 11ª rodada do Brasileirão, e foi o primeiro encontro das duas equipes após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul.
Primeiro tempo de poucas chances
O primeiro Gre-Nal após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul reuniu Grêmio e Inter no estádio Couto Pereira, em Curitiba. As duas equipes gaúchas ainda tentando se encontrar no Brasileirão, mas com algumas diferenças. O Tricolor na zona de rebaixamento entrou em campo com a obrigação de buscar a vitória, enquanto o Colorado buscava se aproximar do G4 e reencontrar a boa fase na temporada.
Em situação mais delicada no Brasileirão e jogando com o mando de campo, o Grêmio começou os primeiros minutos do clássico na pressão, tentando sufocar a defesa colorada e matar a saída de bola do time de Eduardo Coudet no nascedouro. A estratégia parecia boa e aproveitava a vitalidade de Gustavo Nunes e Pavón, mas não surtiu o efeito esperado, tanto que a primeira chegada mais contundente foi do Inter. Aos seis minutos, após boa trama de Wesley com Alan Patrick, a bola se ofereceu para Renê na entrada da área. O lateral engatilhou o pé e chutou, mas o arremate saiu mascado.
O Grêmio respondeu um minuto depois, com Pavón. Em boa escapada pela direita, o argentino, em alta velocidade, driblou Renê, deixando o lateral do Inter sentado, e bateu em curva de perna esquerda. A bola passou perto da trave direita de Fabrício.
Depois desses dois lances, o clássico entrou naquele modo de perde e ganha, com as defesas se destacando sobre os ataques. O Inter até tinha o domínio territorial e mais posse, mas o penúltimo toque não saía como o esperado. O Grêmio optou por fazer um jogo de espera e apostar na velocidade de Gustavo Nunes e Pavón, com Galdino mais centralizado no lugar do contestado JP Galvão.
Quando teve a posse, o jogo do Grêmio não tinha circulação porque Cristaldo e Carballo pouco participavam da criação. A partir daí, o Grêmio se obrigou a jogar pelas pontas, com Gustavo Nunes e Pavón. As bolas longas foram quase sempre uma opção usada pela defesa para colocar o time no ataque.
Grêmio vacila, e Vitão marca
Para a segunda etapa, as duas equipes voltaram com as mesmas formações. O Grêmio repetiu o que fez no primeiro tempo, tentando apertar a saída de bola do Inter. E deu certo aos seis minutos, tanto que a bola sobrou para o lateral João Pedro dentro da área. Cara a cara com Fabrício, o ala chutou rasteiro para uma grande defesa do arqueiro colorado.
O Grêmio voltou melhor do vestiário. A marcação foi reforçada na orientação, o que permitiu ao time ficar mais tempo com a bola. O Inter sentiu a melhora do adversário e fez duas mudanças aos 13 minutos. Aránguiz e Lucca entraram nas vagas de Bruno Henrique e Alario, respectivamente. A partida para Lucca, porém, só durou cinco minutos. O jovem centroavante sentiu uma lesão muscular e teve de ser substituído por Gustavo Prado.
O Inter voltou ao ataque aos 18 minutos e de forma fatal. Alan Patrick avançou na linha de fundo e cruzou rasteiro. A bola respingou na zaga tricolor e ganhou altura. Aproveitando o cochilo da defesa gremista, Vitão subiu mais alto que Geromel e cabeceou. A bola ainda bateu em Gustavo Martins e enganou o goleiro Marchesin: 1 a 0 para o Inter.
Após o gol, o técnico Renato Portaluppi decidiu mexer na equipe. Carballo e Pavón deixaram o gramado para as entradas de Edenilson e Nathan Fernández. Aos 25, o Grêmio conseguiu chegar novamente no ataque. Em uma escapada, Gustavo Nunes passou de Bustos e ingressou na área. Na hora da conclusão, chutou fraco para a fácil defesa de Fabrício.
Minutos depois, o Inter chegou novamente. Wesley, deslocado pela ponta esquerda, arriscou de fora da área e obrigou Marchesín a fazer uma grande defesa. Aos 30, sentindo que seu meio-campo cansou, o técnico Eduardo Coudet decidiu fechar a equipe. Mercado e Igor Gomes entraram nos lugares de Alan Patrick e Wanderson. A esperança era apenas a escapada com Wesley.
O Grêmio, apesar das mudanças, permaneceu sem criatividade. Nathan Fernández passou a ser a principal figura do setor ofensivo, mas estava isolado na maioria das tentativas. Aos 38 minutos, em uma última carta, Renato resgatou o contestado JP Galvão, que entrou na vaga de Galdino, de atuação apagada.