Prefeitura de Porto Alegre deposita primeira parcela da Estadia Solidária a 1,4 mil famílias

Ao todo, 3,9 mil famílias estão aptas a receber o benefício

Foto: Cesar Lopes / PMPA

A prefeitura de Porto Alegre depositou, nesta sexta-feira, a primeira parcela da Estadia Solidária a 1.423 famílias. O benefício, em parceria com o Governo do Estado (R$ 600 pagos pela prefeitura e R$ 400 por parte do Estado durante os primeiros seis meses; após, a prefeitura vai arcar com o valor), irá pagar até 12 parcelas de R$ 1 mil reais a desabrigados ou desalojados. O auxílio não possui restrições quanto ao uso, podendo ser utilizado para locar um imóvel ou ajudar nos custos da hospedagem na casa de amigos ou familiares.

Para receber o auxílio, as famílias devem residir na Capital em área atingida pela enchente; ter cadastro no Registro Unificado Municipal e declarar que o imóvel não está habitável e ser inscrita no CadÚnico com renda informada de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 706). Ao todo, 3.945 famílias foram habilitadas a receberem o benefício nesta primeira etapa, que pode ser estendida, conforme o prefeito Sebastião Melo.

“Nós fizemos um corte nesse programa que é a nossa parceria, sendo o corte de meio salário mínimo, deu quase 4 mil famílias neste corte. A gente fez o sistema de WhatsApp (famílias aptas confirmam pelo aplicativo de mensagens) porque tem que dar um aceito, eu não posso depositar o dinheiro sem ter um documento de aceito, porque olha, eu estou desabrigado e eu preciso desse dinheiro. Dinheiro público eu preciso prestar conta, então nesse primeiro momento 1.400 aceitaram e tem mais 900 já em fase (de confirmarem). Bom, se vai dar 3.900 (confirmações), se for 2.700, se for 2.000, bom, então vamos abrir para outras faixas”, explicou.
Segundo levantamento da Prefeitura, 9 mil pessoas perderam a casa e outras 11 mil registram danos após as enchentes de maio. Quem ainda não foi contemplado e se encaixa nos requisitos do benefício, pode procurar atendimento via telefone 156 da prefeitura, selecionando a opção 9, ou pelo WhatsApp do 156: (51) 3433-0156, selecionando a opção 1, depois 3. Também há atendimento presencial nos postos descentralizados de Registro Unificado (ver relação abaixo).
Críticas ao Governo Federal
Durante o anúncio dos pagamentos, Melo cobrou celeridade nos auxílios do Governo Federal. “Para nós atendermos a totalidade, só tem um caminho, a União tem que entrar nesse processo. Porque a União é a detentora do maior orçamento do Brasil. Então, é importante dizer que vai comprar um apartamento, está tudo certo. Mas, e se levar um ano? E se levar dois anos? 45 dias já passaram. Então é importante que o governo federal seja solidário para entrar nesse processo”, cobrou, cobrou.
O secretário estadual de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, presente ao evento, também cobrou ações. “O governo federal precisa participar com ações mais efetivas para reconstruir a política do sistema social, para proteger e cuidar do cidadão e para que nós possamos garantir os direitos das pessoas que precisam do poder público nesse momento”, reforçou.